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DO PRAETZEL: Há anos que vemos o futebol carioca se deteriorar, através do
Campeonato Estadual. De grandes clássicos e com uma fórmula de disputa
atrativa, recentemente, o Cariocão hoje é uma penúria financeira. Sem o
Maracanã e com os clubes cheios de birra para faturar, as rendas são ridículas
e o público pagante é pífio, perto do que já vimos em décadas passadas.
Sábado,
Flamengo e Botafogo decidiram uma vaga na final da Taça Guanabara, primeiro
turno do Estadual (que é sinônimo de título) para parcos 5.460 pagantes e 6.955
presentes, com renda de R$ 257.600,00, em Volta Redonda. Ticket médio de R$
47,17. Não pode. Não dá. É vergonhoso. Mas quem se importa, no Rio de Janeiro?
O
presidente da FERJ, Rubens Lopes, acha que é o maior torneio do Brasil. E os
dirigentes dos participantes ouvem e não contestam essa barbaridade. O Engenhão
recebeu a outra semifinal entre Boavista e Bangu. Reparem bem, o maior estádio
sediou o menor jogo. O grande clássico foi para o interior. Não pode dar certo.
E Fla e Botafogo não conseguiram entrar em acordo. Não se ajudam e preferem
esse cenário lamentável.
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Torcidas de Flamengo e Botafogo no Raulino de Oliveira - Foto: David Nascimento |
Ainda
no sábado, às 19h, Mirassol e Palmeiras se enfrentaram em Mirassol, pela sexta
rodada. Público pagante de 11.966 torcedores para arrecadação de R$ 667.048,00.
Ticket médio de R$ 55,74. O dobro de público do clássico carioca e quase três
vezes o valor arrecadado.
O
Paulista também perdeu muito do seu valor, mas ainda respira com clubes mais
organizados e situação financeira melhor. Mas não dá para aceitar que um
Flamengo e Botafogo leve uma goleada dessas de um jogo do interior de São
Paulo, mesmo com a força da torcida palmeirense.
Senhores
presidentes dos grandes cariocas, não farão nada? Continuarão pagando para
jogar um campeonato que não atrai ninguém? Nunca pensei que veria isso. Grandes
marcas do futebol brasileiro jogando às moscas. E aceitando, isso que é mais
triste.
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