LANCE:
Por Luiz
Fernando Gomes
O
presidente Bandeira de Mello é o grande derrotado com a saída de Rodrigo
Caetano e Paulo Cesar Carpegiani. A repercussão positiva das declarações do
vice, Ricardo Lomba, que classificou a eliminação para o Botafogo, como
"vergonhosa" e prometeu mudanças "para colocar o Flamengo de
volta ao caminho das vitórias", pressionou o presidente deixando claro a
fragilidade de sua posição atual, mesmo com inegável sucesso na gestão financeira
do clube.
Mais do
que Lomba, Caetano era seu homem de confiança no futebol. E, exatamente por
isso, foi poupado em outros fiascos do rubro-negro como o vexame da
Libertadores do ano passado, as campanhas medianas no Brasileirão e os vices na
Copa do Brasil e na Sul-Americana. O único título que conquistou, na verdade,
desde que chegou à Gávea em 2015, foi o Carioca de 2017. Nada para um clube
quem comandou investimentos milionários, acertou em algumas escolhas mas errou
na maioria. A instabilidade dos técnicos é um sinal claro do fracasso esportivo
dessa gestão: o sucessor de Carpegiani será nada mais nada menos do que o 13º
treinador da era Bandeira de Mello.
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Foto: Gilvan de Souza |
A
arrogância custou caro, foi um dos fatores a minar seu prestígio no clube. Não
é certo que a tal mudança de rumos que Ricardo Lomba, agora fortalecido, propõe
irá de fato recolocar o Flamengo no caminho das vitórias. Mas a nova realidade
é sem dúvida, uma esperança para os rubro-negros. Vale aqui, o oposto do dito
popular: em time que está perdendo, tem mesmo que se mexer. Mas trocar o
técnico é fácil. O que é preciso é elevar o nível das demissões.
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