TORCEDORES:
Por João Vitor Rocha
O
Flamengo perdeu para o Cruzeiro por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (8), no
Maracanã, em partida válida pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa
Libertadores da América.
Se o
Fla ainda tem esperança de reverter o placar conquistado pela Raposa fora de
casa, será preciso não cometer os mesmos erros do jogo no Rio de Janeiro.
Algumas devem ser as lições que o Flamengo precisa aprender para conseguir
reverter o placar no Mineirão.
Veja
as lições que o Flamengo precisa aprender
Vergonha no lance do primeiro gol
O
lance do primeiro gol do Cruzeiro foi uma vergonha para uma vaga profissional
de futebol de um time que almeja grandes títulos. Robinho dominou a bola de
costas para gol, dentro da área Rubro-Negra, cercado por quatro flamenguistas
de muito perto e mais três olhando. O meia conseguiu virar de lado, enfiar a
bola no meio da vaga sem muitos problemas e achar Arrascaeta sozinho em cima da
marca do pênalti.
Uma
defesa que se preze não pode em momento algum, de jogo nenhum, estar em um
posicionamento desse!
A
equipe claramente mostrou estar nervosa durante a partida. O garoto Jean Lucas,
que entrou para substituir Paquetá, se enervava cada minuto mais e errava
muitos passes. A torcida também não ajudava o time. Pelo contrário,
atrapalhava. Ao final do primeiro tempo, com o Cruzeiro já em vantagem por 1 a
0 no placar, a arquibancada vaiou o time. Para o jogo de volta, o desespero não
pode tomar conta da equipe. O placar precisa ser construído com futebol, aquele
mesmo apresentado contra o Grêmio pela Copa do Brasil.
Seguidas decisões erradas
O
pós-Copa do Flamengo beira o desastre. O time perdeu a liderança do Brasileirão
– estava 4 pontos à frente na parada da Copa – empatou com o Grêmio na Copa do
Brasil – e se repetir o futebol apresentado contra o Cruzeiro é bem capaz de
ser eliminado em casa – e perdeu para a Raposa na Libertadores no Maracanã.
O
Flamengo se perdeu sozinho e tropeçou nas próprias pernas. Não soube o que
priorizar, tentou “abraçar o mundo” e pode acabar ficando sem nada. Enquanto
seus rivais nos torneios de mata mata sabem exatamente o que priorizam, o Fla
está à deriva.
Escolhas
dentro de campo também podem ser questionadas. Como por exemplo escalar Jean
Lucas para um jogo tão decisivo. Por mais criticados que sejam, Rômulo e Arão
têm mais bagagem nas costas para uma partida tão singular. Cobrar de Lincoln,
aos 17 anos, entrar em um jogo desse peso e resolver os problemas da equipe
também é demais. Mesmo criticado, Ceifador tem mais experiência.
Foi
exatamente o que Mano Menezes fez. Apostou na experiência para o duelo. Fábio,
Edílson, Léo, Dedé e Egídio. Uma linha defensiva extremamente experiente.
Henrique, Lucas Silva, Robinho, Arrascaeta e Thiago Neves. O mais jovem do meio campo já é jogador de
Copa do Mundo. No comando de ataque, a dúvida era entre Hernán Barcos e Raniel.
Mano ficou com a experiência do pirata.
Maurício
Barbieri fez tudo diferente.
O preço
do ingresso médio a mais de 78 reais também foi outro equívoco Rubro-Negro. A
torcida estava calada, de nada parecia com a nação que está acostumada a lotar
o Maracanã. Uma sucessão de erros, da direção a jogador, que culminou com um
resultado horrível dentro de campo.
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