GLOBO
ESPORTE: Com os prazos de inscrição de jogadores na Copa do Brasil e no
Campeonato Brasileiro encerrados, chegou ao fim o ciclo de contratações do
presidente Eduardo Bandeira de Mello no Flamengo. Em seis anos de gestão, foram
contratados 71 jogadores. Média de 11,8 reforços por temporada.
Foram
muitos nomes, algumas recepções marcantes em aeroportos e estádios, várias
decepções e muitas surpresas. O GloboEsporte.com avaliou os 71 reforços da
gestão, com classificações de 0 a 5 estrelas.
Vários
aspectos foram levados em conta. O principal, é claro, o desempenho em campo. O
carinho da torcida, número de jogos, expectativa na contratação e conquistas
também tiveram peso. Título, aliás, foi o quesito que levou Elias a ser o único
dos 71 jogadores a receber cinco estrelas. Apesar de ter ficado apenas a
temporada de 2013 na Gávea, jogou muito e foi protagonista da conquista da Copa
do Brasil, o único título nacional da gestão até o momento.
Das 71
contratações, apenas as de Vitinho, Uribe e Piris da Motta não foram avaliadas
com notas. Os três ainda estão iniciando um ciclo no clube. O tempo dirá se
foram boas contratações.
Neste
período, o Flamengo teve quatro executivos de futebol (Paulo Pelaipe, Felipe
Ximenes, Rodrigo Caetano e Carlos Noval), além de Wallim Vasconcelos, Alexandre
Wrobel, Flávio Godinho, o próprio Eduardo Bandeira e Ricardo Lomba na
vice-presidência de futebol. Em geral, foram eles os responsáveis pelas
contratações nos últimos anos. Os CEOs Fred Luz e Bruno Spindel também tiveram
participações.
Ao
longo dos últimos seis anos, o Flamengo teve média de quase 12 reforços por
temporada (11,8). 2015 e 2016 foram os anos em que o clube mais contratou: 15
jogadores por ano. Por considerar o elenco qualificado, nas últimas temporadas
o clube optou por qualidade e não por quantidade. O aumento do investimento no
futebol contrasta com a queda do número de contratações. Em 2017, foram nove
jogadores. Em 2018, apenas seis atletas, com o investimento recorde de R$ 68
milhões em reforços.
Nas
gestão de Eduardo Bandeira de Mello o setor ofensivo foi o mais reforçado. Ao
longo de seis temporadas, 14 meias e 18 atacantes foram contratados.
Curiosamente, neste período, o clube trouxe apenas três goleiros.
Confira
todas contratações por posição
Foram
apenas três goleiros contratados em seis anos. A posição foi o grande pesadelo
dos rubro-negros em 2017. Muito pela acentuada queda de rendimento de Alex
Muralha. Hoje, Diego Alves é o dono da posição.
Julio
Cesar é um caso à parte. Ele se ofereceu ao clube no início de 2018 para um
projeto de apenas três meses para encerrar a carreira. Participou de apenas
dois jogos, foi bem e deu adeus como ídolo.
13
laterais foram contratados nos últimos seis anos pelo Flamengo. Curiosamente,
durante todo o período, a única unanimidade da posição foi Jorge, revelado pelo
clube e negociado com o Monaco. A falta de maiores investimentos no setor é
hoje uma das maiores críticas da torcida.
Uma
dúzia de defensores chegou ao Flamengo desde 2013. Desde o veterano Juan ao
jovem Antônio Carlos, que sequer jogou. O principal destaque talvez seja Réver.
Encostado no Inter, chegou à Gávea com custo relativamente baixo e é capitão
rubro-negro há mais de duas temporadas.
Embora
também faça a função de meia, Elias foi a principal contratação do setor nos
últimos seis anos. Cuéllar e William Arão também tiveram destaque. As
principais decepções foram Canteros e Rômulo. Nos dois casos houve muita
expectativa não correspondida.
A
busca por uma camisa 10 sempre foi obsessão na Gávea. E na gestão de Bandeira
não foi diferente. Diego talvez seja o destaque, mas ainda lhe falta um título
de expressão para entrar de vez na galeria de grandes contratações.
Entre
erros e acertos, o Flamengo investiu forte em nomes como Everton Ribeiro,
Carlos Eduardo e Mancuello. Conca foi a grande decepção. Lesionado, o argentino
atuou por apenas 27 minutos em um ano na Gávea.
Nenhum
outro setor recebeu tantos jogadores como o ataque. Foram 18, em seis anos. O principal
deles foi Paolo Guerrero. O peruano foi a primeira contratação de impacto da
gestão. Em campo, fez gols, foi destaque no título carioca de 2017, mas poderia
ter entregado mais.
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