FALANDO DE FLAMENGO: Por Sorín
Havia
preocupação sobre a possibilidade do Flamengo entrar em campo ligado no 110
após a eliminação da Libertadores. A boa notícia é que não foi nem no 220. No
começo de jogo tava mais com cara de uma sobrecarga adequada de 330 volts pra
cima do Ceará.
De
alterações… Dentre as necessárias teve Piris no lugar do Cuéllar. Sem o mesmo
garbo do colombiano, mas não comprometeu na marcação. Rhodolfo no lugar do Léo
Duarte, pareceu fora do tal ritmo de jogo.
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Henrique Dourado em Flamengo x Ceará - Foto: Gilvan de Souza |
A
outra foi a opção por Marlos em vez do Vitinho. Que aliás, em detrimento de que
ainda temos que aguardar (é adaptação que fala, né?) mais um tempo pro segundo
se ambientar nesse negócio aí de jogar futebol, no momento, entre um e outro,
tanto faz como tanto fez.
Foi
maaaaaaaiiiissss uma apresentação arame liso como tantas outras que já tivemos
nos últimos tempos.
Fora
o Ceará eficiente na retranca, contando com ótima atuação do goleiro Éverson
(quase 18 pontos no Cartola FC), o Flamengo enfrentou o gramado ruim e o
Segundo Sol (e talvez até o terceiro) que incendiou forte o Rio de Janeiro na
hora do almoço desse domingão. Tô citando aqui porque provavelmente alguém do
elenco ou da comissão técnica vai lembrar disso. Protesto negado. Tinha um sol
pra cada um pros dois times, e um monte de gramado ruim dividido de forma igual
também.
E
daí… Aquele adversário costumeiro e intransponível: O Flamengo.
Bola
na trave, 500 cruzamentos, 765 trocas de passes na entrada da área, maior posse
de bola, 389 escanteios, recorde de público outra vez, no primeiro tempo 13 x 4
em finalizações… E como futebol é bola na rede… Um a zero pro Ceará. Daí vocês
podem escolher entre o “quem não faz leva” ou “a bola pune”.
O
cronograma original aqui no Falando de Flamengo era esperar os jogos de Inter e
São Paulo para mandar o Poszão… Mas daí quando você não ganha do vice-lanterna
jogando em casa, e nos outros jogos tem que contar com algum tipo de eficiência do fluminenCe pra não piorar
ainda mais nossa situação na tabela, o melhor mesmo é olhar para o próprio
umbigo e pensar no próximo adversário.
E
olhem só… Inter no Beira-Rio. Vamos sem Cuéllar, Diego suspenso pelo terceiro
cartão e Paquetá. Bem… Com o futebol apresentado pelo último nesse jogo, talvez
o pior em campo, não há de fazer muita falta.
Bem…
Como o mundo não é só amargura e lado negro… Deve ter Muita Gente Feliz nas
chapas de oposição e simpatizantes. A regra até a eleição, na cabeça
doente de muita gente é… “Quanto pior
pro Flamengo esse ano melhor, porque daí ano que vem começa a salvação, a
redenção, e blá-blá-blá”. Sei lá se vão vencer os Azuis, os Verdes Ex-Azuis, ou
sei lá que cor. No fundo eu acho que tanto faz. Tudo farinha do mesmo saco. Se
tem alternativa?
Sim…
Na minha humilde opinião de quem não entende ABSOLUTAMENTE BULHUFAS da vida
política na Gávea, por incrível que pareça, acho que a solução são esses
paspalhos aí mesmo.
Bastando
para isso abandonar a soberba, a vontade de aparecer, tomar algumas doses de
humildade e se limitar a:
a)
fazer apenas o que sabem (e que é muito importante). Pagar boletos, quitar
dívidas, gerar cada vez mais receita, melhorar cada vez mais a infraestrutura,
e por aí vai.
b)
Chamar quem entende de FUTEBOL e deixar o povo trabalhar nessas bagaças aí mais
próximas a campo, vestiário, observar novas contratações, monitorar a base e
ajudar na transição pro time principal, etc. Gente boleira mesmo. Que fale a
mesma língua dos jogadores.
Rubro-negros
com esse perfil não faltam. É só catar. Mas também não adianta de nada se for
pra trazer só por trazer e ficar metendo o bedelho de dois em dois minutos.
Bora
torcer.
Isso
aqui é Flamengo.
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