GOAL:
Por Bruno Guedes
Julho
de 2018. O Flamengo se reapresenta para um pós Copa repleto de decisões: Copa
do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores. Com jogos a cada 72 horas e o
corpo humano precisando de no mínimo 96 para se recuperar, a expectativa de
todos era como seria essa volta. Entrar com tudo nas três competições ou
priorizar algumas? Os títulos ficaram distantes, mas a cor nas urnas está
garantida.
Futebol
de alto nível não é apenas bola na rede. Não basta entrar em campo e correr.
Ainda que muitos tentem remontar à época de Zico e cia como exemplo, os tempos
são outros. O Flamengo teve o poder de escolha, mas preferiu apelar para uma
lenda que hoje ele não tem mais. Ele preferiu o slogan "isso aqui é
Flamengo". Só que a prática é diferente da teoria.
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Eduardo Bandeira e Ricardo Lomba no Flamengo - Foto: Gilvan de Souza |
Não
foi diferente agora. Ano eleitoral e uma gestão que acumula apenas três títulos
- sendo dois deles os pífios estaduais - achou que poderia fazer frente nas
competições que disputava. Achou que com Marlos Moreno, Rodinei, Pará, Geuvânio
e cia, teria elenco. Achou que tem um time repleto de craques que vestem a
camisa e desfilam classe... Uma utopia do tamanho da falta de critérios na
filosofia de contratação.
Para
ser jogador do Flamengo não basta apenas saber jogar, você tem que fazer por
merecer. Você tem que ser escolhido. Jogadores tinham personalidade, suavam
sangue em todas as partidas e não somente aquela que ele acha necessária dar
tudo de si em campo.
Bem,
um dia já foi assim. Agora não mais. Qualquer jogador pode envergar a camisa
pesada e tradicional do Rubro-Negro carioca. Mesmo se ele não souber cruzar,
não souber finalizar, ganhar R$ 500 mil por mês durante um ano sem apresentar
nada...
Flamengo
agora vai ao Rio Grande do Sul pegar o Internacional sem Paquetá e Diego.
Priorizaram
tudo, poderão ficar sem nada. Gastaram muito, não deram retorno.
Esse
é o Flamengo de 2018 mas parece déjà-vu dos últimos anos: falta de
planejamento, mudança de treinador no meio da temporada, contratações
aleatórias e pouca cobrança.
Acabou
agosto. Agora a diretoria do Flamengo pode brigar à vontade para saber quem usa
qual cor nas eleições, porque a temporada 2018 também está acabando.
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