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GLOBO: Na última coletiva antes de se despedir do Flamengo para jogar no Milan
em 2019, Lucas Paquetá não chorou. Lembrou que ficou marcado em 12 anos de
clube justamente pelo sentimento oposto, a alegria. A trajetória de ascensão da
base ao profissional foi repassada, com destaque para os personagens principais
que marcaram a caminhada até o estrelato. Do avô, seu Mirão, que o levou para o
primeiro teste no clube, aos técnicos Reinaldo Rueda, que lhe deu sequência no
profissional, passando por Zé Ricardo, o diretor Carlos Noval, e Maurício
Barbieri.
˜Grazie˜,
resumiu Paquetá, em italiano, segundo ele a única palavra que aprendeu antes de
se transferir. O jogador revelou conversas com o meia Kaká, que brilhou no
Milan, e com o veterano Juan, que atuou na Roma. Ao comentar o sentimento que
passa pela cabeça pela despedida, o meia quase se emocionou.
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Foto: Gilvan de Souza |
-
Gratidão. Tenho toda uma história construída. O Flamengo me criou como homem e
como atleta profissional. Tudo que conquistei e que tenho o Flamengo que me
deu. A oportunidade de lutar pelos meus sonhos - emendou Paquetá.
O
jogador fará a despedida para um Maracanã lotado. Os ingressos para o jogo
contra o Atlético-PR estão esgotados. Paquetá volta ao time como titular, na
vaga de Vitinho. O título brasileiro ficou pelo caminho. E o meia reconheceu
que poderia ter mudado o campeonato se tivesse marcado o gol da vitória sobre o
Palmeiras no mesmo Maracanã, no dia em que jogou a bola por cima no fim da
partida, empatada em 1 a 1.
- No
dia seguinte ao lance do Palmeiras, não saí do quarto. É difícil, dói, fico
triste, uma bola que podia mudar o campeonato. Mas também quantas bolas que eu
teria chutado para outro lugar e entraram? Procurei me aperfeiçoar depois e
acredito nos planos de Deus - afirmou o jovem, vendido por 35 milhões de euros.
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