LANCE:
Rodolfo Landim já foi vice-presidente de Planejamento no primeiro mandato de
Eduardo Bandeira de Mello. Hoje, porém, é oposição à atual diretoria e busca
assumir o Flamengo para fazer o Rubro-Negro voltar a levantar troféus, segundo
ele.
Entre
as propostas do candidato pela Chapa Roxa, está um aperfeiçoamento da gestão do
clube, mudança na estrutura do departamento de futebol e vontade de gerir o
Maracanã. Quer implantar ainda iniciativas para aumentar a receita dos esportes
olímpicos.
Rodolfo
Landim recebeu o LANCE! para apresentar as ideias que quer colocar em ação caso
vença a eleição.
Rodolfo Landim: É
porque nós temos um grupo de pessoas que tem como principal objetivo fazer o
Flamengo voltar a ser campeão. É isso que achamos que somos capazes de fazer e
é isso que propomos fazer aos sócios do clube, entre outras coisas. Essa é a
mais importante. Existem outras que acreditamos que podemos aperfeiçoar no
processo de gestão do clube, em diversas áreas do clube, mais notadamente no
futebol, no remo, e nos esportes olímpicos. Achamos que o clube precisa voltar
a vencer.
L!: Quais os projetos para o departamento
de futebol?
RL: Tem muita coisa que
pretendemos modificar no futebol. Vamos modificar um pouco a estrutura. Vamos
mudar o nível de reporte das pessoas, da estrutura organizacional propriamente
dita. Terá um diretor mais focado aos aspectos técnicos da base e profissional.
Teremos outra área mais voltada para contratação, que daremos um pouco mais de
independência. A área de performance, que é a preparação física,
nutricionistas... Queremos que essas pessoas sejam mais independentes para
verbalizar um parecer contrário a um jogador que não tenha as condições ideais
para se tornar um atleta do Flamengo.
Queremos
que a área de inteligência de mercado, que hoje está lá, seja divida em duas
partes. Uma parte que faça a avaliação dos profissionais internos. E terá uma
outra área que faça a análise do mercado propriamente dito, que, eventualmente,
buscará um profissional quando entendermos que não há um jogador com as
características necessárias na base. Esse pessoal não reportará para o mesmo
cara que está solicitando esse reforço.
É mais
uma questão de governança, de dividir os papéis e evitar que todo o processo
fique concentrado na mão de uma única pessoa, independentemente da qualidade e
seriedade. Entendemos que, fazendo isso, reduzimos os riscos de contratações
como tivemos, com o custo-benefício muito aquém do que seria esperado pelo
valor do investimento.
L!: E quanto a estádio?
RL: São três linhas de ação,
sendo duas ligadas ao Maracanã. O Flamengo, hoje, tem um contrato vigente com o
Maracanã por mais dois anos e o que pretendemos fazer é renegociar para
melhorar esse contrato. Existem melhorias que podemos fazer neste contrato que
podem beneficiar ambas as partes. Fizemos essa proposta quando esse contrato
foi apresentado ao Conselho Deliberativo. Pessoalmente, levantei isso no
Deliberativo. As pessoas entenderam o que falei e me apoiaram. A proposta era
de quatro anos, mas o Conselho Diretor disse que não tinha condição de
renegociar isto naquele momento. O que conseguimos foi fruto do que mostrei
para os conselheiros. Então, o contrato foi reduzido. Para mim, é óbvio que
pode ser melhorado.
A
segunda coisa não é especificamente neste molde de contrato, já que
recentemente houve uma decisão judicial contrária ao contrato que foi assinado.
É preciso conversar com o poder concedente. O que temos como pleito, e desde
2013, é de não sermos apenas os artistas. Entendemos que sabemos e gostaríamos
de operar o Maracanã. Sozinho ou em consórcio. Estive com o governador eleito
(Wilson Witzel, PSC), tivemos uma longa conversa e gostei muito. Acho que tem
um caminho aberto nesse sentido. Isso permitiria melhorar o contrato, ainda
mais como operador.
E há a
linha de buscar um estádio novo. O que posso afirmar é que não é do meu feitio
fazer factoide. Não vamos ficar toda hora comprando opção de terreno. Não
faremos isso. É uma equação complexa, envolve um investimento grande.
Calculamos que um estádio para 40 mil lugares, dependendo do local do terreno, pode
sair por R$ 600 milhões ou R$ 700 milhões. É muito dinheiro e temos uma
preocupação com a capacidade de endividamento e o impacto na operação normal do
clube. Na dificuldade em montar boas equipes e ganhar campeonato, que, no
fundo, é o que queremos. Quero ser campeão, acima de tudo.
Não
está descartado (estádio próprio). É uma alternativa que estudaremos em
paralelo, mas não faremos loucura. Um exemplo claro foi a Ilha do Urubu. Foi
pedido um empréstimo de R$ 13 milhões para ter uma alternativa e jogar na Ilha
do Governador. Gastamos R$ 20 milhões naquele projeto e jogamos 20 jogos. Um
custo médio de investimento de R$ 1 milhão por jogo, mais o custo de operação
similar ao do Maracanã, se não maior. Isso não faremos. No fundo, o que se fez
foi queimar R$ 20 milhões. Jogou-se no lixo. Essas soluções não faremos. Se,
eventualmente, vier uma solução, será estruturada com início, meio e fim, não
uma solução tapa buraco.
L!: Qual será a política adotada para os
preços dos ingressos?
RL: (Em 2013) Era uma época em
que tínhamos uma receita muito menor, precisávamos pagar contas vencidas,
impostos que até nos permitiriam receitas adicionais, como projetos
incentivados. Coisas que, pelo fato de não termos a CND (Certidão Negativa de
Débito), estávamos incapacitados de ter. A prioridade foi buscar as certidões,
para poder incentivar o esporte olímpico, que tinha um custo elevado à época,
estabilizar e, digamos, administrar os recursos adicionais para manter um time
razoável. Buscando receitas adicionais, como o sócio-torcedor, patrocínio...
Era uma época difícil em que o Flamengo estava passando. Não tínhamos
patrocinador. Então, procuramos ampliar a receita de marketing e todo dinheiro
que entrava era muito importante, pois tínhamos um passivo enorme a pagar.
Era um
momento em que a receita da bilheteria tinha de ser utilizada. É fácil de
explicar. Em um jogo de 60 mil ingressos vendidos a R$ 10, teremos uma renda de
R$ 600 mil. Em um jogo de 40 mil ingressos vendidos a R$ 30, teremos uma
receita de R$ 1,2 milhão. Se botar a R$ 40, o público cai muito. A
precificação, então, era em cima dos R$ 30, que nos dava a maior receita. Isso
se chama "função objetiva", e a nossa passou a ser otimizar a receita
de bilheteria, pois tínhamos contas a pagar, apesar de termos a consciência de
que o estádio cheio cria um ciclo virtuoso. Mais rubro-negros empurrando time,
maior probabilidade da vitória. Mais vitórias animam a torcida a ir ao próximo
jogo. Sabíamos disso, mas o problema é que tínhamos um problema imediato, precisávamos
honrar as dívidas e buscávamos maximizar a receita de bilheteria,
independentemente de levar o maior público ao estádio.
A
situação que o Flamengo vive hoje é diferente. Teremos R$ 600 milhões de caixa
e tivemos receitas adicionais não previstas com vendas de jogadores, que
acresceu no fluxo de caixa cerca de R$ 90 milhões. A receita do Flamengo é
muito maior do que isso. O que entendemos, hoje, é que o benefício que teremos
ao ter o estádio cheio, empurrando o time, compensa reduzir o preço do ingresso
e manter o estádio lotado o tempo todo. A perda de receita será compensada com
o benefício técnico que teremos. No fundo, queremos ganhar campeonatos. Mesmo
perdendo renda, vamos tornar o ingresso mais barato. Estamos convencidos do
impacto positivo que isso traz para o desempenho do time.
L!: Quais as ideias pretende implantar no
programa de sócios?
RL: Existem mudanças que
precisam ser feitas mais no sentido de melhorar a disponibilidade do produto a
quem o adquirir. Troca do ingresso, pontos de distribuição... Um pouco ligada a
parte tecnológica e de logística de distribuição que temos de melhorar. Isso é
um ponto.
Tem
também a parte da estrutura do sócio-torcedor. Queremos usar essa ferramenta
pela qual possamos identificar o torcedor mais fiel ao clube e premiá-lo.
Estamos pensando como. Quando passar a Copa América, pretendemos retirar as
cadeiras do Maracanã. Com isso, aumenta o número de assentos e podemos criar um
setor popular, onde queremos associar a prioridade de compra para esse setor à
fidelidade que o sócio-torcedor vier a ter. Queremos reservar uma parcela dos
ingressos para esse grupo, pois entendemos que isso é importante.
O
Flamengo é uma mistura de tudo. Tem o torcedor 'raiz' e de elite. Flamengo é
tudo isso. Tem uma torcida com o mesmo percentual nas classes A, B, C, D e E.
Isso é muito importante e é preciso cultivar isso. O povo, bem representado nas
diversas classes sociais, é Flamengo. Temos que dar oportunidade a todos de
estarem no estádio.
L!: Em sua gestão, como será a relação com
organizadas?
RL: Gostamos das organizadas.
Vemos os benefícios e um colorido todo especial que trazem para o espetáculo.
Existem série de limitações que a própria legislação impõe aos clubes na forma
de se relacionar com as torcidas e, obviamente, seguiremos isso. O que tiver ao
nosso alcance para embelezar e fazer do jogo um grande espetáculo, vamos
trabalhar e ajudar. É do nosso interesse também. Não podemos ficar felizes
quando vemos cenas de torcida brigando, é óbvio que nos entristece. Não podemos
concordar com esse tipo de comportamento, mas são algumas pessoas. Gostamos e
achamos importante que as torcidas organizadas frequentem os estádios. Quando
garoto, eu ia ao Maracanã e ficava junto às torcidas. É ali que puxam os cantos
e de onde se incentiva o time.
L!: Quais os projetos para os Esportes
Olímpicos?
RL: Tivemos um movimento em
2013, 2014, nos primeiros anos, em que conseguimos estabilidade em captação e
despesas nos esportes olímpicos com objetivo de crescer e ter mais
investimento. A nossa percepção é que isso acabou um pouco, porque a prioridade
e foco foi dado a um único esporte olímpico (basquete). O vice-presidente de
esportes olímpicos trabalhou no Flamengo nesse esporte. O diretor de esportes
olímpicos também veio desse esporte. O time desse esporte consome mais da
metade dos recursos e tem contratos com atletas bastante caros. Então, esse esporte
fica com uma despesa fixa comprometida e, no momento em que você não consegue
mais captar, canaliza os recursos. Você imaginava que captaria mais recursos,
mas frustra essa captação. Porém, nos outros esportes, já tem um compromisso
garantido, que são os salários e o Flamengo precisa honrar com isso. Então, o
que você faz é cortar o que é possível, que são as verbas para inscrever
atletas em competições, por exemplo. É um pouco disso que enxergamos. Quando
olhamos para o balanço do clube, vemos um déficit muito forte nos esportes
olímpicos.
A
primeira coisa que precisamos fazer é aumentar a receita. O que preocupa é que
não vemos iniciativa com gente da área de marketing trabalhando para buscar
patrocínio para os esportes olímpicos. E é até compreensível, se deixar rolar
solto, que ninguém queira. No futebol, um esporte com uma visibilidade muito
grande, esse patrocínio terá um valor maior. Só que qualquer R$ 200 mil pode
ser muito dinheiro para os esportes olímpicos. Não é pouco. Temos que colocar
gente focada nisso. Essa pessoa se paga e sobra recurso para os esportes
olímpicos. O Flamengo sempre atrai interesse, tem uma marca muito forte.
Isso é
uma coisa que faremos. Vamos dedicar gente na área de marketing para aumentar a
receita e evitar, assim, contingenciamentos, que são cortes de orçamento por
conta do compromisso de honrar as despesas de outro esporte.
No
nosso plano também definimos um percentual mínimo para os esportes olímpicos.
Entendemos que o orçamento do Flamengo já permite isso. Vamos trabalhar melhor
quando tivermos os planos de cada esporte olímpico.
L!: Em relação à sede da Gávea...
RL: Pretendemos mudar uma série
de coisas. A Gávea, no fim de semana, fecha às 17h. É um negócio engraçado. O
dia em que as pessoas podem relaxar, o clube fecha mais cedo. Por que não tem
gente no clube? Nós vemos que a qualidade do serviço oferecido ao sócio não o
atrai para ficar no clube. Algumas coisas nos ajudarão. O aforamento obtido com
a permissão da exploração de algumas atividades para sócios e não-sócios vai
criar uma demanda de, por exemplo, uma boa academia e um restaurante. O sócio
vai ter seu benefício ou preço diferenciado, mas isso permitirá que serviços
adicionais sejam feitos para reter o sócio no clube. Essa é uma das reclamações
dos sócios. Não tem um lugar decente para comer, por exemplo.
Queremos
fazer também uma série de atividades direcionadas às famílias. Se não há uma
atividade social para manter as pessoas, as pessoas não ficam no clube.
Queremos fazer atividades voltadas para as mulheres, um Projeto do Fla-Mulher.
Queremos criar projetos sociais para a família, como um todo, para incentivar o
sócio. As coisas estão associadas: melhoria da estrutura do clube, aforamento
que permite a atração de algumas atividades e também festas. Estamos
conversando com algumas pessoas, como o Carol Sampaio, que vai estar nos
auxiliando a criar uma série de ações no Flamengo. Já estamos trabalhando
bastante para levar e reter o interesse das pessoas na Gávea. Queremos melhorar
a qualidade da vida social dentro do clube.
L!: Em sua gestão, como pretende trabalhar
a relação com Ferj, CBF e Conmebol?
RL: O Flamengo é o maior clube
do país. E, como tal, tem de participar
e liderar todo processo de discussão de transformação e de melhoria do futebol
brasileiro. É impossível fazer isso sem as relações com as entidades
representantes do esporte. É uma atitude extremamente errada não falar com as
entidades por conta de questões pessoais. No momento em que você é presidente
do Flamengo, você deixa de ser uma pessoa física e passa a ser uma pessoa
jurídica. O presidente pode ter sua avaliação a uma pessoa que ocupa
determinada função na Ferj, CBF ou Conmebol, mas o Flamengo precisa se
relacionar profissionalmente, e muito bem, com todas entidades. O Flamengo faz
parte do processo, como um todo, e tem papel transformar daquilo que entende
como errado. Precisa ser um agente de mudança.
Nos
contatos que estamos tendo com algumas pessoas ligadas a essas entidades, o
'feedback' que recebemos não é bom da forma com que o Flamengo se comporta. As
críticas são inúmeras. As pessoas reclamam que o Flamengo não procura as
federações para discutir eventuais problemas. Na vida profissional, temos de
buscar as soluções. Isso tem sido uma das críticas que ouvimos continuamente,
independentemente do lugar.
Outra
reclamação é de que o Flamengo tem uma visão mesquinha do processo. Ou seja, de
que o Flamengo quer ganhar mais fazendo com que os outros percam. Isso envolve
os clubes também. Se queremos transformar o futebol brasileiro e elevar o
Flamengo a um patamar de um grande clube com condições de disputar
mundialmente, a primeira coisa que precisamos entender é de que é impossível
fazer isso se o valor do produto do futebol brasileiro não crescer. É preciso
criar um campeonato que seja vendável para outras praças. Estamos atrasados,
perdemos espaço nas grades de programação. Só internacionalizando as nossas
marcas e o nosso campeonato é que conseguiremos atingir um mercado maior, ter
uma receita maior e manter os nossos craques aqui. Se não, seguiremos sendo
exportadores de grandes talentos. Para mim, é um tremendo problema.
Fico
imaginando se seria possível manter um time como a nossa geração de ouro no
mercado de hoje. Acho que seriam comprados e levados todos para o exterior.
Eram grandes craques. Quero voltar a ter essa geração de ouro. Me incomoda
muito ver o que aconteceu com o Vinícius Júnior, Lucas Paquetá... Queria té-los
jogando no Flamengo. Historicamente, o prata da casa cria uma relação muito
grande com a torcida. Para isso, precisamos transformar o futebol brasileiro e
só conseguiremos isso em harmonia com os representantes das federações e dos
clubes. É fundamental que isso possa ocorrer e o Flamengo, pelo tamanho,
liderar esse processo de transformação. Se não for o Flamengo a liderar, quem
vai liderar?
L!: O que pensa sobre o calendário do
futebol brasileiro e sobre a Primeira Liga?
RL: Temos de conversar sobre a
Liga e a CBF. Conversando que se entende. Acho que podemos ter uma solução boa
passando pela CBF. Tive uma conversa com o futuro presidente (Rogério Caboclo).
A impressão que tive foi a melhor possível. Uma pessoa com bom nível de
formação e intelectual, que entende de negócio. Está querendo fazer um processo
de transformação. Sabe da importância e da necessidade de isso ser feito.
Então, estou muito otimista com o que podemos ter no futebol brasileiro nos
próximos anos. A visão de negócio, a disposição de ouvir e discutir com os
clubes... Fiquei muito bem impressionado. Acho e espero que vamos ter um bom
interlocutor do outro lado da mesa. Pelo menos uma pessoa aberta a ideias novas
e com intenção de transformar o futebol brasileiro em algo maior, melhor e com
mais valor. É assim que poderemos aumentar a qualidade do espetáculo que temos.
L!: Pretende colocar algum ponto do
Estatuto em discussão?
RL: Tem várias coisas que, como
posso dizer, é bola quicando na cara do gol. Algumas são bem polêmicas e
precisam ser discutidas de forma transparente e democrática dentro do clube.
Sinto que tem posições muito a favor e muito contrárias. O Flamengo tem um
colégio eleitoral de 8 mil e poucas pessoas. Muita gente pergunta porque
sócio-torcedor não vota. Tem condições que permitiriam que o sócio-torcedor
votasse, mas isso tem de ser discutido com quem, hoje, é sócio e vota no
Flamengo. Há uma série de mudanças a serem discutidas e que envolvem um
amadurecimento da discussão. O mais importante é de que essas mudanças só podem
ser feitas, de fato, se forem do interesse de maior parte dos associados do
clube.
Uma
delas que vou propor é a não reeleição. Uma vez aprovada agora, não poderia
valer na próxima eleição pois impediria um direito já adquirido por quem foi
eleito. Só valeria para o próximo. Mas valerá para mim. Temos visto que o
sujeito ser candidato à reeleição, de uma forma geral, não é legal em cargos
executivos. Chega um momento, perto do final, que começa a trabalhar para
manter-se no cargo ao invés do benefício do que ele está representando. No
caso, os interesses do Flamengo. Vimos isso acontecer recentemente e acho isso
muito ruim. Vou tentar encaminhar essa mudança no estatuto: que o cargo seja de
três anos sem a reeleição. Assim, ficará 100% do tempo focado em tentar fazer o
melhor para o Flamengo, não para aquilo que possa o reelegê-lo. Não são,
necessariamente, a mesma coisa. Depois de três anos buscando o melhor para o
Flamengo, que venha alguém do grupo dele, se tiver feito um bom trabalho,
assuma a vez. Eu vejo assim.
L!: Uma mensagem à torcida
RL: O que mais nos move a
participar do todo processo é por que nós queremos resgatar o Flamengo de
volta. O Flamengo que tem vontade ganhar e não aceita perder. E não o Flamengo
acomodado que tenho visto, com o mesmo discurso ganhando ou perdendo, aceitando
a derrota com naturalidade, o Flamengo que não fica indignado com nada. Esse
não é o clube pelo qual eu me apaixonei. A torcida pode estar certa do seguinte:
a atitude vai mudar porque vai começar de cima, vai começar mudando de mim. Não
terá espaço para acomodação. As cobranças virão e as pessoas sentirão isso.
Quem é acomodado não é para ficar no Flamengo. Esse é o recado que tenho para
elas. Podem acreditar: vamos mudar esse estado de espírito que o Flamengo tem
hoje, que é o que mais me incomoda. E vamos voltar a ser campeão!
QUEM É:
Nome: Luiz Rodolfo Landim
Machado
Chapa: Roxa
Ocupação: Engenheiro e
empresário
Cargos anteriores:
Vice-presidente de Planejamento (primeiro mandato Bandeira)
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