GLOBO
ESPORTE: Carências identificadas, muitas cartas na mesa e paciência no mercado.
As primeiras investidas frustradas ligaram o sinal de alerta, e o Flamengo
tenta manter a serenidade para suprir as expectativas da torcida pelos
primeiros reforços da gestão Rodolfo Landim.
Em
silêncio quanto a nomes, a diretoria estabelece prioridades: um zagueiro, um
meio-campista no estilo de Lucas Paquetá e um atacante. Em contato com
empresários e filtrando as ofertas, esta foi a sinalização para o mercado. Com
a ressalva: interessa apenas grandes nomes. Daqueles que cheguem para serem
titulares - ou pelo menos com este status.
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Foto: Divulgação |
Com a
definição da permanência de Carlos Noval como diretor executivo, muitos dos
nomes que já vinham sendo mapeados pela gestão atual seguem em pauta. O
dirigente deixou boa impressão pelo conhecimento de mercado em primeiros
encontros com Abel Braga e tem se reunido também com Marcos Braz.
Atual
CEO, Bruno Spindel é outro nome que será mantido no clube em função ainda não
revelada. Desde meados de 2018, ele passou a ser mais efetivo nas ações
rubro-negras no mercado e tocou tratativas como por Rodriguinho e Pablo mais
recentemente. É outra figura importante neste organograma.
O trio
será linha de frente no futebol rubro-negro, que contará ainda com comitê
gestor formado por cinco pessoas, e tem estreitado a relação para ganhar tempo.
Foram por esses compromissos pelo processo de transição que o novo vice de
futebol abriu mão da viagem para o sorteio da Libertadores, no Paraguai.
A
diretoria tem consciência da expectativa por nomes de impacto e trabalha para
evitar novas decepções, como as já causadas em conversas frustradas por Renato
Gaúcho, Felipe Melo e Pablo. Entre as posições já estabelecidas como
prioridade, uma tem o alvo muito bem definido: Gabigol.
O
Flamengo segue em contato permanente com o estafe do artilheiro do Brasileirão
e aguarda uma definição da Inter de Milão sobre o futuro para tomar uma postura
mais agressiva, seja para comprá-lo ou buscar um empréstimo - o que é menos
provável.
Para a
defesa, Rodrigo Caio tinha sido monitorado pelo próprio Noval, que buscou
informações com Dorival Júnior. O zagueiro está no radar, mas a prioridade do
jovem é seguir para o futebol europeu. O perfil, porém, é este: zagueiro mais
jovem e mais rápido que Réver, antigo titular.
O
Rubro-Negro tem as antenas ligadas também para as laterais. O lado direito é
visto com maior urgência, uma vez que Pará e Rodinei sofrem com restrições, mas
o clube também observa opções para esquerda. Por mais que Renê tenha sido
eleito o melhor do Brasileirão, Dodô, que defende o Santos e pertence à Sampdoria,
tem a situação acompanhada de perto.
O
flerte com Gabigol veio ainda nos últimos passos da gestão de Bandeira, antes
da eleição, com o vice de futebol Ricardo Lomba. A atual diretoria nomeou um
representante para conversar na Itália com a Sampdoria por Dodô e com a Inter
por Gabriel Barbosa. Os dirigentes do primeiro time explicaram que existia a
prioridade na compra por 1,5 milhão de euros para o Peixe até o fim de 2018.
Caso o Santos não exerça a compra, a Sampdoria pediria 2,5 milhões de euros para
outro clube interessado, como o Flamengo.
Em
reunião com Piero Ausilio, da Inter de Milão, as conversas inicialmente não
avançaram. O clube italiano colocou preços inviáveis para o mercado brasileiro.
Queria o atacante Lincoln e mais 10 milhões de euros. Sem Lincoln, a pedida era
de 25 milhões de euros. Um novo empréstimo, segundo o interlocutor rubro-negro,
era a última opção do time de Milão, que ainda sonha em reaver o investimento
feito por Gabigol.
Publicamente,
o Flamengo segue em silêncio. A nova diretoria toma posse nesta quarta-feira,
em evento na Gávea, às 19h (de Brasília), mas só terá poder administrativo a
partir de 1º de janeiro. Até lá, o trabalho de transição e movimentação no
mercado segue intenso. Já são 11 dias desde a eleição, e o torcedor está roxo
de ansiedade por novas caras.
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