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Foto: Divulgação |
GOAL: A crise em que se encontra o futebol Rubro-Negro continua. No último domingo o presidente Eduardo Bandeira de Mello anunciou que faria mudanças no departamento de futebol, mas por enquanto tudo segue na mesma.
A possibilidade da saída de Rodrigo Caetano segue em pauta no clube e o desejo de contratar um gerente de futebol também.
A ideia da diretoria é que seja alguém com perfil de liderança, capaz de fazer o “meio-campo” entre os dirigentes e os jogadores de forma simples e direta.
Para o cargo, muitos nomes são especulados, entre eles o do ex-capitão Fábio Luciano que é bem visto não só pela diretoria mas também pelos torcedores.
Em entrevista exclusiva à Goal, o craque Alex, ex-companheiro e amigo próximo de Fábio Luciano falou sobre a possibilidade do ex-zagueiro assumir o cargo.
“Perfil para isso ele tem, ele só não tem interesse. O Fábio se aposentou do futebol para ficar com a família, para se dedicar a família. Porque infelizmente quando você está jogando ou trabalhando no meio do futebol você não tem tempo para se dedicar a família. Se ele mudar de ideia e voltar para o futebol vai ter que deixar de lado a família, infelizmente a cultura do futebol é assim.”
Dono de uma qualidade técnica invejável e uma visão de jogo extrordinária, Alex teve sucesso em muitos clubes e se tornou ídolo de várias torcidas como as de Cruzeiro, Palmeiras, Coritiba e Fenerbache, mas sua curta passagem pelo Flamengo (12 jogos e 3 gols) não foi das melhores.
Na ocasição, Alex que já era consagrado, chegou cheio de expectativas por parte do torcedor, mas os problemas financeiros e políticos do clube atrapalharam sua trajetória com a camisa Rubro-Negra.
O atacante Paolo Guerrero contratado em 2015 também chegou no clube recheado de expectativas mas até o momento não conseguiu corresponder dentro de campo. No entanto, Alex não vê semelhanças nos dois casos e acredita que o Flamengo vai até o limite para ter o retorno esperado em cima do atacante.
“No meu caso foi diferente, eu quando fui para o Flamengo fui de graça, eu facilitei para ir para lá e só joguei 12 jogos, foi pouco tempo. O Guerrero não, foi um investimento muito alto. Chegou sendo considerado um dos melhores atacantes então eu acredito que o clube vai até o limite para recuperar o investimento feito e acho que ele também.”
Questionado sobre como enxerga a atual fase do futebol Rubro-Negro e se a crise política pode estar atrapalhando o desempenho dentro dos gramados, Alex foi direto.
“O que atrapalha não é a crise política mas sim a crise técnica. O time não tem rendido o esperado, saiu do Carioca, saiu da Primeira Liga e da Copa do Brasil da forma que foi, os jogadores não estão conseguindo render. Naõ é política, é crise técnica mesmo. Em termos de clube, tem que fazer de tudo para acertar logo a situação do Muricy, para que dentro de campo tenha a segurança para superar essa crise técnica.”
Sem Guerrero, que está com a seleção peruana, o Flamengo encara a Chapecoense na noite desta quarta-feira, em Volta Redonda, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.