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Foto: Divulgação |
BOTECO DO FLA: Começou como em tantas outras vezes… E acabou igual também. Jogo em Volta Redonda no meio de semana há que ter lá seus cuidados e cautela. Apesar de próxima ao Rio de Janeiro, duas horinhas em condições normais, o trânsito na Cidade Maravilhosa anda um caos ainda maior com a proximidade das Olimpíadas e os muitos canteiros de obras decorrentes. Daí não há jeito. É sair do trampo mais cedo e cair na estrada. Caso contrário, acaba entrando no estádio com a bola já rolando, fato que tem sido habitual em muitos ônibus fretados que têm ido até a Cidade do Aço.
Antes de entrar, o encontro costumaz com algum paciente frequentador do Boteco. Tarcísio, rubro-negro de Juiz de Fora, ainda do lado de fora, parecendo até prever mais um revés (nem tá precisando de bola de cristal pra isso em 2016) preocupado com os rumos técnico-tático-desportivos do Nosso Flamengo, posto que só de finanças parecemos viver (ou morrer) nos últimos tempos.
A garoa nevava fria no Raulino de Oliveira. Como banho de água fria nas nossas pretensões vem sendo a tônica nos últimos tempos… Gol do Fortaleza quando a gente ainda nem bem tinha se ajeitado na arquibancada, sofá ou mesa de boteco em todo o país. Nem adianta negar. Apesar da maré andar meio braba, naquele momento todos nós decretamos um “ok, vamos virar isso aí. Tempo não há de faltar”. E não faltava mesmo. Mas se o relógio não era um problema, tudo o mais continuava a ser. O Jayme até citou a retranca do (da) Fortaleza após o jogo… Mas cacete… Não importa se os caras vieram no esquema 23-0-0. É um time da Série C que, não só conquistou a vaga com total merecimento, como conseguiu marcar QUATRO vezes nos dois jogos. Não é soberba de torcedor mal acostumado de time que nunca frequentou outras divisões, ou talvez até seja, mas há algo muito errado aí.
Toques pro lado, falta de objetividade e muito ninguém-chuta-de-fora-da-área depois, vem o intervalo e aquela nossa eterna esperança de que o papo no vestiário vai nos devolver outra equipe para a segunda etapa. E olha que em muitos e muitos momentos da nossa gloriosa história isso bem foi verdade. Infelizmente, não parece ser mais verdade nos tempos atuais. O mesmo e previsível toca-pra-um-lado-toca-pro-outro-bica-na-direção-do-Rodinei-cruza-na-área-e-vê-o-que-acontece. De tanto não marcar, marca o Fortaleza então. Daí as aguerridas testemunhas que estavam presentes ao Raulino perdem a paciência de vez ao ver a classificação ir literalmente por água abaixo. Vaias, revolta, cobranças, queremos jogador, fora Caetano, fora isso, fora aquilo… Pra no dia seguinte nada mudar. Os mesmos discursos vazios e sem rumo do Caetando e do Engodinho. Já Muricy, Cuellar, Guerrero e Bandeira, esses têm rumo definido para o próximo período. Cada um pra um lado. Três para a Copa América nos Estados Unidos, um para São Paulo e para os braços da família, decidir seus rumos. E os nossos? Quais serão?
Patrick ainda marcou em bela cobrança de falta. Tarde demais para qualquer esboço de reação. Flamengo 2016 segue fazendo história. Um exagero dizer que sejam as páginas mais negras já redigidas nos últimos 120 anos. Um exagero sem fundamento. Mas que são capítulos muito feios e desagradáveis, ainda mais por estarem escritos em uma tinta azul que nos promete um futuro cor-de-rosa sempre para o próximo ano, lá isso são.
Volta e meia tem rolado um “caôzinho” de que nossos valorosos atletas, apesar de não parecer, sentem muito o pesar da atual situação. De que perdem o sono e o escambau. Duvido muito. Mas por falar nisso… Acho bacana relatar o meu fim daquela bagaça toda. Até me deixou arrependido de não ter levado a câmera. Jogo terminando meia-noite, próximo busão só lá depois das quatro da matina, daí rolou um módulo básico de treinamento para os perrengues do Brasileirão. Eu e meu filho fomos dormir na rodoviária de Volta Redonda, que não é das melhores no quesito bora-passar-a-noite-lá. Além do frio, tava rolando uns locais com pinta de que passam lá todas as suas noites. Os caras falavam pacarái. Como nós é que éramos os intrusos, a solução foi fazer valer a Lei dos Incomodados que se Mudem. Fomos para outro setor cochilar. Bem mais frio que o anterior. Fazer o que? Se os jogadores perderam o sono na noite pós-eliminação eu não sei, apesar de não acreditar, eu e e meu filho perdemos, literalmente. Mas sem sofrimentos e arrependimentos desmedidos. Estaremos em POA no domingo. Flamengo sempre.
PETISCOS
. ENGODINHO – “Hora de parar e reavaliar conceitos”.
. CAETANDO – “Elenco equilibrado mesmo?”
. BANDEIRANDO – Não vi falar nada. Mas deve ter dito “Bye, bye Brasil que eu estou de férias”.
Força, Nação. Nós vamos precisar.
#Achincalhe2016 #EuVou
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