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Foto: Jéssica Santana / Flamengo |
GILMAR FERREIRA: O Flamengo conseguiu pela primeira vez nesta Série a quarta vitória consecutiva _ performance já experimentada por Atlético-MG e Corinthians, clubes que também brigam no G-4.
O Galo, aliás, que faz corrida de recuperação após sofríveis oito primeiras rodadas, é o único a vencer cinco jogos seguidos.
Vejam, portanto, que o feito rubro-negro não é algo desprezível.
Numa competição equilibrada como este Brasileiro, é mesmo muito difícil encaixar mais do que três vitórias consecutivas.
Pois ela parece ser fruto do amadurecimento tático rubro-negro, que não joga mais com onze jogadores, mas 14 _ e eis o segredo!
O cardápio de opões trabalhadas por Zé Ricardo oferece três novas peças por jogo.
Se há realmente um caso onde se encaixa a expressão “banco de reforços”, este é o Flamengo.
Juro que não sei ao certo se a ofensividade é maior com Cirino, Guerrero e Éverton, ou se com Gabriel, Damião e Fernandinho.
Se o meio é mais criativo com Arão e Diego na organização, ou se com Mancuello e Alan Patrick a encostarem nos atacantes.
Poderia até mesmo discutir se o colombi.ano Cuellar não tem mais recursos físicos e ténicos do que o eficiente Márcio Araújo.
Mas é justamente da equivalência entre os pares e da diversidade de estilos que brota o time “dupla face” difícil de ser batido.
O Flamengo aprendeu a se multiplicar em campo e por isso perdeu somente uma de suas últimas onze partidas.
As atuações não nos enche os olhos, mas ainda assim produzem a intensidade e o volume com a regularidade necessários.
Vêm daí as vitórias apertadas, por vezes até injustas, mas nem por isso imerecidas e sem convencimento…