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Foto: PEDRO HENRIQUE TORRE/ESPN.COM.BR |
ESPN: Na véspera do confronto decisivo com o Palmeiras, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, participou de audiência pública para discutir a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, no plenário 4 da Câmara dos Deputados, em Brasília. Ele não deixou passar a chance de alfinetar o rival Vasco e também de contestar a CBF.
Bandeira de Mello foi um dos primeiros a fazer uso do microfone.
O cartola rubro-negro foi chamado logo após o balanço de primeiro ano das normas realizado pelo Ministério do Esporte e foi provocado pelo deputado federal César Halum (PRB-TO), que comandava a mesa.
Halum disse que repassaria a palavra antes a ele por causa da posição do Fla no campeonato.
“Dra. Lara (representante do Ministério do Esporte) deve ser do Palmeiras. Não estou muito acostumado com esse negócio de ser vice. É uma prerrogativa de outro coirmão nosso”, sorriu Bandeira, antes de iniciar a sua fala.
Ao fazer uso de seus 15 minutos, ele indagou por que a CBF não põe em prática uma das exigências do Profut, com a convocação dos clubes para suas assembleias.
“O artigo 22 estabelece que os clubes das Séries A e B passariam a integrar as assembleias da CBF, não só eletivas, mas também administrativos, e todos nós consideramos isso como conquista do Profut. Eu, que convivo com vocês dois anos e meio, sou testemunha que a intenção dos legisladores era exatamante nesse sentido, de que os clubes pudessem participar de tudo”, afirmou.
“O deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que foi relator, ele vai poder falar com mais propriedade sobre isso, mas eu, como participante do grupo, o tempo todo, independente da forma que está escrito o artigo, a intenção de quem escreveu era essa. Depois que foi aprovada e sancionada a lei, o Profut virou realidade, fomos surpreendidos com a interpretação contrária da CBF”, prosseguiu.
“Os clubes poderiam participar das assembleias eletivas e não administrativas, isso foi efetivamente levado a cabo, dado que houve assembleia eletiva, clubes convidados, e duas administrativas, salvo engano, aprovação de contas e Primeira liga, e nessas duas os clubes não foram chamados”, completou.
A CBF esteve representada pelo advogado Luis Felipe Santoro, que enfatizou o apoio da CBF à lei, e também pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), também diretor de relator internacionais da entidade.