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Eduardo Bandeira, Presidente do Flamengo, com jogadores do Sub-17 – Foto: Gilvan de Souza / Flamengo |
GLOBO ESPORTE: Os primeiros fios de barba e a voz desafinada denunciam o fim da adolescência. Mas a pressão e os gols são dignos de gente grande. Invicta há quase dois anos, a “geração 2000” (numa referência ao ano-base de nascimento) do Flamengo foi campeã carioca sub-17 na última quarta-feira após fazer 10 a 1 sobre o Vasco nos dois jogos da final da Taça Rio.
Imediatamente, cresce a expectativa da torcida por ver num futuro próximo atletas como os atacantes Vinícius e Lincoln na equipe principal. Mas a preocupação do clube é fazer tudo com calma. Principalmente pelo fato de Zé Ricardo conhecer o grupo muito bem.
O atual técnico do profissional foi o treinador desta mesma equipe no sub-15, em 2014, e acompanha de perto o desenvolvimento de cada jogador. Para isso, conta com a constante troca de informações com Marcinho, comandante do sub-17 do Flamengo.
– O Zé Ricardo foi treinador deles e conhece bem o grupo. Ele veio da base e por isso olha sempre para cá. É tudo com o tempo, não se pode atropelar as coisas. Uma vacilada, sobe à cabeça e estraga a trajetória de quem tem tudo para ser brilhante. Não apenas o Vinícius e o Lincoln, mas temos outros meninos muito talentosos. O Zé sabe quem eles são e onde podem chegar – ressaltou Marcinho.
Considerado um dos maiores talentos da “geração 2000” do Flamengo – e um dos principais nomes da seleção brasileira sub-17 –, Vinícius não esconde o desejo de em breve reencontrar Zé Ricardo, mas sabe que precisa manter o alto rendimento até ser considerado uma realidade.
– Estou bem tranquilo. Quem está no Flamengo tem que sentir essa pressão e estar preparado. Tudo está acontecendo como clube planeja e como eu também imaginava, mas tem que ser aos poucos. Estou evoluindo na parte técnica e tática e quero ir subindo de categoria até chegar ao profissional – disse o atacante de 16 anos.
Ao seu lado está Lincoln, que faz 16 anos em dezembro, o artilheiro do Campeonato Carioca com 21 gols. Ele acredita que o fato de conhecer Zé Ricardo é um ponto a favor, mas tem a consciência de que precisa seguir fazendo gols para ter sua chance.
– O sonho de qualquer um de nós é chegar ao profissional do Flamengo. É uma pressão boa, tenho que assumir essa responsabilidade. Trabalhei com o Zé Ricardo e espero estar com ele de novo um dia, mas só jogando vou conquistar o meu espaço – frisou Lincoln, que chegou ao Rubro-Negro, vindo do Espírito Santo, em 2011.