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Marcelo Cirino disputando a bola em Flamengo x Botafogo – Foto: Cris Dissat / Fim de Jogo |
GILMAR FERREIRA: A reta final dos clubes cariocas no Brasileiro das Séries A e B produz um gosto amargo para seus torcedores.
Desprazer atenuado apenas pela eficiência do Botafogo.
O empate do Flamengo no clássico de sábado deu ao Palmeiras a oportunidade de se distanciar na liderança;
A derrota tricolor em BH fez ruir o projeto de Levir Culpi nas Laranjeiras;
E o Vasco, com novo tropeço fora de casa, fez crescer a ameaça de não voltar à divisão principal.
Faltam quatro rodadas e o prazer que nos resta foi reduzido a ver dois cariocas na Libertadores e um grande livre de retumbante fracasso.
Uma pena…
FLAMENGO 0 x 0 BOTAFOGO.
O empate de sábado talvez tenha sido o mais emblemático desta série de quatro jogos sem vitória do Flamengo.
Amarrado num sistema de marcação por zona, com vigília permanente a Diego, seu criador, o time de Zé Ricardo pouco fez.
Teve a bola ao dispor, mas ficou sem conexão.
Precisou do brilho individual, mas Diego, Arão e Guerrero não tiveram espaços.
No final, no desespero, já sem oxigênio, tornou-se presa fácil para um Botafogo enxuto, inteiro e concentrado no trivial que o trouxe até aqui.
Um time com muita aplicação no bloqueio e saída veloz que para o ataque, às vezes até com ligação direta.
Em resumo: o time rubro-negro mostrou que seu repertório ainda é limitado e pelo segundo jogo consecutivo deixou o campo com a sensação de ponto ganho.
O Botafogo, que perdeu chance clara no fim, foi o castigado…
CRUZEIRO 4 x 2 FLUMINENSE.
Atuação abaixo do razoável, com cinismo explícito que extrapola a capacidade analítica de quem pense em separar desempenho de resultado.
Talvez a declaração de Peter Siensem antes do jogo, garantindo a permanência de Levir Culpi, tenha desagradado a um grupo que já havia decidido pela saída dele.
Este time tricolor não é lá essas coisas, mas não pode ter só uma vitória nos dez últimos jogos.
Algo há _ ou havia!
E o acerto já não dependia mais da capacidade do técnico.
BRASIL-RS 2 x 1 VASCO.
Há pouco a fazer: nesta terça-feira tem jogo em São Januário e é preciso vencer a Luverdense sob o risco de se ver em situação dramática.
Como?
Com potência, volume e velocidade, algo que o Vasco não mostra desde os 2 a 0 sobre o Atlético-GO, em setembro.
É ruim o momento de Andrezinho e sem a eficácia dele a ofensividade despenca.
Jorginho sabe disso, mas não consegue resolver.
A torcida terá de ajudar…