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Foto: Divulgação |
BOTECO DO FLA: Tudo bem que as emoções do Brasileirão seguem a todo vapor. Tudo bem que, mesmo torcedores de clubes não envolvidos vão dar aquela espiada marota nas Finais da Copa do Brasil, mas precisamos ser fortes e não adianta tentar tapar o sol com a peneira… O Carioqueta vem aí, se aproximando a passos largos.
Essa semana os responsáveis por organizar e participar desta outrora charmosa e glamourosa competição se reuniram. E… A primeira notícia que saiu de lá é boa, por incrível que possa parecer. Redução do número de clubes participantes na fase principal. Isso faz com que Flamengo e os outros três que se engalfinham pra decidir qual deles é a nossa maior rivalidade, disputem diretamente contra apenas oito dos nanicos o título de Campeão Estadual. Já é um começo, e preciso admitir que o meu sonho de Extermínio Total da competição é meio grandioso e não devo ver tal megalomania realizada ainda em vida.
Como não podia deixar de ser, a matéria que saiu aqui mesmo no GE sobre a reunião, chegou recheada de frases estapafúrdias pronunciadas pelos presentes. Rubinho foi questionado sob um entrave na legislação, já que o regulamento vigente era de 2015 e, segundo o Estatuto (Ahahahahah… Perdão, mas quem frequenta estádio simplesmente não consegue deixar de rir quando lê esse termo) do Torcedor, só poderia ser alterado após dois anos. Disse o líder máximo do Carioqueta: “Não poderia. A partir do momento que não poderia passou a poder”. Isso explica muita coisa que acontece no Carioqueta, não é mesmo?
Eurico brilhou também com sua Mania de Flamengo, citando o nome do Mais Querido quatro vezes em um período muito curto. Vejam esse depoimento, após saber que o Vasco não está no nosso grupo e o primeiro clássico deles é contra o fluminenCe: “Não consigo pegar o Flamengo. Eu gostaria de pegar o Flamengo. Flamengo ficou no outro grupo, vai demorar mais um pouco para eu chegar para jogar com o Flamengo”. Não é piadinha. Isso rolou mesmo. Caso de internação?
Em detrimento de tudo, realmente é uma ótima notícia a redução do número de nanicos. Claro que os seis clubes que vão participar da fase Pré-Estadual-de-Verdade não gostaram nada dessa história, já que contam com os jogos contra o Flamengo e os outros três “grandes” para (talvez) participarem de um evento com um borderô acusando mais de 200 pagantes. O presidente do Bonsucesso chegou a profetizar, resignado, que esse é o “Começo do Fim dos Pequenos”. Vou confessar que até entendo o ponto de vista do cara, mas daí como faz? A outra opção seria o que? Fazer um Estadual com 18 participantes? Isso realmente seria benéfico pra alguém? Resta a Tigres, Cabofriense, Portuguesa, Bonsucesso, Nova Iguaçu e Campos… Lutarem com unhas e dentes (talvez o Tigres leve vantagem nisso… Tudumtssssss…) pelas duas vagas que restam para a fase principal que, aliás, com menos gente na disputa, mais clássicos, dependendo de um ou outro tropeço contra os nanicos, pode até apresentar alguns confrontos entre os quatro principais contra os cubes de menor expressão com uma cara de jogo decisivo, o que poderia trazer uma arrecadação ou outra menos patética do que as que estamos acostumados a presenciar.
Enfim… Se foi motivada pelo princípio de tumulto e revolução que Flamengo e Fluminense protagonizaram na edição passada? Provável. Por mais que a competição venha definhando ano após ano, ainda custo a acreditar que essa pequena melhoria tenha sido uma iniciativa interna da Federação em busca de soluções. Vamos observar.
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