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Linda foto do Novo Maracanã – Foto: Jonas Pereira |
GILMAR FERREIRA: A prisão do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pelo recebimento de propinas em obras públicas, dentre as quais as reformas do Maracanã para a Copa do Mundo, resgata a discussão sobre a necessidade dos gastos de mais de R$ 1 bi na modernização do estádio.
Debate, aliás, que transcende a barreira do estado e extrapola o limite da aspecto esportivo.
VAI ALÉM, em primeiro lugar, porque não é preciso ter acesso às investifações da Operação Lava Jato para perceber que o problema se repete em outras praças _ sobretudo naquelas que tiveram estádios renovados ou construídos para a Copa do Mundo.
Depois, porque a maioria estava carcomida e de conceito defasado.
Logo aqui, no país do futebol e grandes eventos…
É IMPORTANTE isolar o “vírus” da corrupção, presente no DNA da sociedade moderna mundo afora, separando-a do avanço que o tempo exige.
O Brasil tem papel preponderante no cenário do mundial e era realmente vergonhoso o estado deplorável dos “gigantes de concreto”.
O conceito das arenas criou outro clima e propiciou a frequência de um novo público consumidor.
SEI, E RESPEITO, a preferência do saudosistas, até porque parte da minha formação no jornalismo esportivo foi construída no solo acidentado das gerais e degraus gelados das arquibancadas.
Mas não imagino como estaria hoje o Maracanã sem sua revitalização.
Gigante em sua própria natureza e pouco atraente na captação de recursos para o custeio, o velho Maraca “chorava” pela reforma.
NÃO PRECISAVA, porém, que fosse à base de esquemas, conluios e enriquecimento ilícito.
O Maracanã deveria ter sua marca salvaguardada das tramóias dessa gente, pois foi desde sempre um templo sagrado para o culto à paixão.
Um monumento que merece estar sempre imune às ratazanas que o utilizam como buraco para suas sem-vergonhices.