VERDADE EM VERMELHO E PRETO: verdade é que Jorge só assumiu a lateral esquerda porque não tínhamos outra opção.
A verdade é que Vizeu só jogou, quando não tínhamos outras opções.
A verdade é que o Flamengo não contratou Zé Ricardo para treinador do time principal.
A verdade é que o Flamengo não montou time para disputar o título.
E a soma de todas esta verdades, deram o Flamengo na vice-liderança do brasileiro, por boa parte do certame.
Mas o que tudo isso tem de importante? Tem que o planejamento (se é que houve algum planejamento) não foi para o time ganhar absolutamente nada este ano.
O pensamento é ir montando um time, reforçando-o vagarosamente, até que se tenha um time forte, ou então até que algum título caia no colo dos rubro-negros, como aconteceu em 2013.
O elenco que o Fla tem hoje, é elenco para estar no máximo em 3º lugar no campeonato, brigando diretamente com Santos pela posição. Atlético MG e Palmeiras estão muito a frente neste quesito.
Muitos discutem a utilidade de Márcio Araújo. O volante rubro-negro, define bem, onde o time do Flamengo almejava chegar este ano.
Numa comparação direta com os volantes dos 4 primeiros colocados, temos os seguintes números:
Márcio Araújo está entre os melhores em desarmes, se analisarmos apenas os volantes dos 4 primeiros colocados. Agora quando analisamos os números ofensivos, ai temos a exata ideia do que representa Márcio Araujo para o time, vejam:
Por mais que se queira admitir, um jogador não pode viver apenas da parte defensiva. Tem que haver um equilíbrio entre a parte defensiva e ofensiva. Ainda mais numa posição tão importante, geralmente responsável por fazer a ligação entre defesa e meio de campo.
A dificuldade para sair com a bola, ficar nítido, como aconteceu no jogo contra o Botafogo. Nos acréscimos do 2º tempo, Márcio Araújo, tomou a posse da bola, e no campo de ataque, com os jogadores marcados, sentiu a pressão de não saber o que fazer com a bola. Tremeu, olhou para trás e se livrou da bola.
Márcio Araújo está longe de ser o único problema do Flamengo. O que quero exemplificar com estes números, é a falta de equilíbrio dentro do elenco. Poderia por exemplo utilizar os números de Gabriel, Cirino ou Sheik, que certamente o resultado seria tão decepcionante quanto.
2016 acabou e se fizermos uma análise geral sobre o ano, concluiremos que o ano foi um desastre total para o Flamengo.
Eliminado da Primeira Liga, pelo Atlético Paranaense, do Carioca pelo Vasco, da Copa do Brasil, pelo Fortaleza, pela Sulamericana pelo Palestino, só havia sobrado o Campeonato Brasileiro. Havia!
Sem chances de conquistar o título, o Flamengo agora tem que focar, primeiro em ficar entre os 3 colocados e garantir uma vaga na fase de grupos da Libertadores da América e paralelamente, focar todos os esforços, para reforçar o time para o ano de 2017, se não quiser ter outro ano desastroso.
A medida que o Flamengo cresce, financeiramente, precisa crescer, tecnicamente também. E com a grande possibilidade de não ter o Maracanã o ano que vem, ter um elenco grande e qualificado é essencial.
A hora é de aprender e olhar para 2017.
@fabriciomlLopes