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Foto: Divulgação |
PC VASCONCELLOS: Olá!
Profissional da esperança e do otimismo, o rubro-negro não tem o que comemorar no empate com o Atlético-MG na abertura do Campeonato Brasileiro. Esqueça a discussão sobre o valor do elenco do Flamengo, por estéril, e fique na capacidade da equipe. O Zé Ricardo, que será eternamente, enquanto no cargo estiver, contestado aqui e ali, soube incutir nos jogadores a sua ideia de futebol e o desempenho está sempre dentro do que se espera. Bobagem ou precipitação dizer o que o Flamengo fará neste Campeonato Brasileiro, embora seja fácil supor que mais aspirará andares altos do que baixos.
Do outro lado, o Atlético Mineiro, que ainda não tem um documento de identidade com foto, e olha que no Brasil pode ser a Carteira de Motorista, a Carteira de Trabalho ou a de Identidade. Fico pasmo com jogador que veste uma camisa da importância do CAM no cenário nacional e fica um tempo tentando entender o som que vem das arquibancadas. No primeiro tempo, a rapaziada de preto e branco apenas cumpriu o protocolo a partir do início do jogo. Veio o segundo e o despertar aconteceu.
Estreia de Cuca
Que o debate verde e amarelo, em qualquer setor, anda rasteiro, pobre e povoado de ofensas, até o Dalai Lama concorda. Mas quando vejo uma exagerada preocupação com o tom de calça usado pelo Cuca ou o número de vezes em que ele faz o sinal da cruz, a tristeza é maior. Isso depois de ver Marcelo Bielsa mostrar seu estilo e manias -nas duas vezes em que foi ao palco levou a bolsa – no Seminário organizado pela CBF.
O Palmeiras, atual campeão brasileiro, que neste domingo recebe o Vasco, não será apenas um time com chutões – agora chama-se passe longo – e laterais arremessados como arma. O técnico que dará expediente à beira do campo é especialista em bons trabalhos. Os de boa memória – algo raro – lembrarão do trabalho realizado no Botafogo de 2007. Foi inovador e pouca atenção recebeu. Afinal nada ganhou e somos – rapaziada da mídia isso é com a gente – assim mesmo. Mas ali surgiu muito do que hoje se pratica.
Botafogo e Sassá
O Botafogo precisa entender – leia-se diretoria e Comissão Técnica- que os pais de hoje não colocam mais o filhos de castigo. O Sassá precisa entender que esse negócio de “bad boy” é tão antigo quanto cantar “treinar para que”. Jogadores dão problemas e a melhor forma de resolve-los é tê-los por perto. Exclui-lo de uma relação não dá ao Sassá o peso da responsabilidade, algo de que precisa.