UOL: O escritor Nelson Rodrigues afirmou que o “Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada”. E também pareceu uma eternidade o tempo que levou até que rubro-negros e tricolores se encontrassem em uma decisão. Após a final de 1995, os rivais voltam a medir forças depois de Renato Gaúcho escrever o nome na história com o gol de barriga.
De lá para cá, outros clássicos decidiram o Campeonato Carioca, mas chegou a vez da “Geração 95” viver a experiência de um Fla-Flu que vale a taça. O UOL Esporte levou ao Maracanã os estudantes Matheus Paredes e Carol Frontin, ambos nascidos em 1995 e que ainda não viram uma final entre os rivais centenários.
Entre brincadeiras e provocações, a dupla, que vai acompanhar a partida deste domingo (7), às 16h (de Brasília), no Maracanã, reviveu o confronto. As memórias transmitidas por familiares e as pesquisas por vídeos na Internet fizeram com que Matheus e Carol sentissem um pouco da atmosfera do Maracanã naquele dia.
“Foi um ano glorioso para o Fluminense. Eu fico muito emocionada com o lance em que o Ailton cruza para o Renato. Graças ao destino, a bola bateu na barriga e fomos campeões com uma jogada histórica. Meu pai e meu tio estavam no jogo de 1995. O tio me conta que a torcida do Flamengo já estava comemorando. Tinha gente que dava como certo até o chope que eles tinham apostado. Aquele gol maravilhoso mudou tudo isso”, contou a tricolor Carol, estudante de Direito.
Se as “lembranças” de Carol são doces, Matheus prefere não dar muita bola para aquele 3 a 2 que marcou negativamente os rubro-negros. Com a vantagem do empate, ele crê que o Flamengo devolverá o revés de 25 de junho de 1995.
“Acho que o gol do Renato Gaúcho foi de mão. O chute veio todo errado para a área e ele aproveitou a mão para decidir o jogo. Não tenho dúvidas de que seremos campeões. É a hora de tirar essa espinha de 95 da garganta. O resto é história. Será 2 a 0 Flamengo, com dois gols do Guerrero. Não tem sofrimento, acabou”, afirmou ele, que cursa Ciências Contábeis.
Ninguém sabe ao certo quem sairá feliz do Maracanã. A única garantia é que mais um capítulo para a eternidade será escrito. E, desta vez, a “Geração 95” terá o que contar visto pelos próprios olhos.