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Foto: Divulgação |
FALANDO DE FLAMENGO: Por Thiago Nascimento
Entre as diversas teses formadas sobre o nosso cenário esportivo nacional, uma delas é comprovada: somos um país sem memória esportiva. Mas não por faltas de Histórias. Pois essas, nós temos muitas… desde de grandes derrotas como a perda da final da Copa do Mundo em 1950 até o fatídico 7 a 1 contra a seleção da Alemanha.
Para a nossa alegria, o esporte brasileiro não é só construído de derrotas, mas também por uma série de vitórias… desde os títulos de Maria Esther Bueno no tênis, passando pelos títulos do grande Ayrton Senna na Fórmula 1, títulos com o grande Guga no tênis o pentacampeonato de futebol… além de muitas outras.
E com tantas histórias para se tirar grandes lições e/ou se espelhar… a maioria dessas histórias passam despercebidas por atletas e não atletas.
E é uma pena que seja assim. Tanto esportivamente quanto socialmente. Afinal de contas, um país sem memória, tem um povo pobre culturalmente. O que de certa forma nos inviabiliza a refletir sobre diversos assuntos. E até mesmo quem sabe, se os mesmos fossem debatidos por todos nós, talvez tivéssemos uma sociedade melhor.
É triste demais constatar que atletas profissionais não conheçam a História de sua profissão: como a mesma surgiu, quem a inventou, quais são os atuais e novos paradigmas da profissão, ícones e o que os mesmos fizeram de revolucionário em suas modalidades para serem considerados dessa forma, além de tendências mundiais na modalidade esportiva.
Pois em mundo altamente globalizado, não acompanhar o que acontece ao redor do mundo em sua profissão, é o primeiro passo para ficar fora do mercado.
Em qualquer Universidade, todo o conhecimento básico sobre a área a ser estudada é necessário. E só após o entendimento destes, é que o aluno começa a se aprofundar de fato no curso escolhido.
Recentemente, o técnico da seleção brasileira sub-17 se mostrou surpreso em um bate papo com jogadores. Afinal de contas, muitos deles não conheciam a história do futebol brasileiro de forma mais aprofundada. Para entender um pouco melhor sobre o ocorrido, clique aqui.
É claro que um atleta profissional tem por obrigação buscar o conhecimento. Mas e quanto aos jovens que nem profissionais são? De quem é a responsabilidade? Me arrisco a dizer que a responsabilidade são dos clubes que os formam.
Ao trazermos essa discussão para a nossa seara Rubro Negra por exemplo, podemos citar o evento que o Flamengo realizará na tarde de hoje na sede Gávea, com o intuito de angariar fundos para o aperfeiçoamento do patrimônio histórico do clube. Para saber maiores detalhes desse evento, clique aqui.
Não há dúvidas, que possuímos uma história riquíssima: vitórias expressivas, títulos e atletas que honraram o nosso Manto Sagrado… entretanto, faço uma pergunta: Será que os jovens que estão no clube, conhecem a fundo a nossa fantástica História Rubro Negra?
Penso que todo jovem formado em um clube esportivo (em especial o Flamengo), pudesse ter uma formação esportiva. Uma formação que fornecesse todo o conhecimento necessário sobre o clube, além de todo o conhecimento necessário sobre o esporte que ele pratica: seja no Flamengo, seja Brasil e até mesmo no mundo.
Há algum tempo atrás, eu dei a minha opinião sobre a formação social que um clube esportivo deveria ter para com os seus atletas. Clique aqui e leia.
Não basta apenas apresentá-los a algum ídolo durante cinco minutos. Uma conversa rápida não basta. É necessário muito estudo e muito conhecimento sobre um determinado assunto.
Torço para que esse tipo de iniciativa já aconteça no clube. E caso ainda não exista, que seja implementada. É importante para qualquer profissional, entender o ramo profissional que ele atua.
Não basta apenas criar um craque em casa. É necessário construir atletas com identidade Rubro Negra. E isso, só a História do clube pode lhes dar.