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Torcedor da Organizada “Jovem Fla” – Foto: Gilvan de Souza |
ESPN: As polícias do Rio e São Paulo monitoram as torcidas Jovem Fla e Independente para o jogo do próximo domingo, entre Flamengo e São Paulo, na Ilha do Urubu. Proibida de frequentar estádios por três anos, a pedido do Ministério Público, a organizada do Flamengo tem a facção paulista como uma aliada e as autoridades suspeitam que as duas se unam para promover ataques no entorno do estádio recém inaugurado.
As ações seriam retaliação à decisão do MP, que provocou o cancelamento do plano de Sócio Torcedor Corporativo por parte do Flamengo. Integrantes da Jovem, assim como outras organizadas, faziam parte do programa, mas tiveram seus cadastros excluídos após a medida judicial, determinada em abril deste ano.
De acordo com as autoridades, no jogo de inauguração da Ilha do Urubu, contra a Ponte Preta, a torcida promoveu “bondes” nos acessos dos setores norte e leste, provocando tumulto e até furtos.
Já no segundo jogo, contra a Chapecoense, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádio (GEPE) conseguiu deter 34 integrantes da facção que tentavam entrar no estádio, mesmo estando sem ingressos e proibidos de frequentar o local. Eles foram autuados pelo Juizado Especial Criminal (Jecrim), por desobediência. Outros 12 torcedores foram detidos na mesma ocasião, mas que não faziam parte da lista de proibidos.
Histórico de mortes
Dividia em pelotões, a Jovem tem na Ilha do Governador, bairro onde fica o estádio, um dos seus maiores grupos, o 11º pelotão. Entre os crimes relacionados à torcida, pelo menos dois provocaram a morte de torcedores rivais nos últimos anos. Do vascaíno Diego Martins Leal, em 2012, e do botafoguense Diego Silva dos Santos, em fevereiro deste ano, no entorno do estádio Nilton Santos, na zona norte do Rio.
O presidente da Jovem Fla, Wallace Costa Mota, é considerado foragido pela Justiça do Rio.
Nos links abaixo, você pode acessar matérias publicadas sobre a morte de Diego Martins Leal e Diego Silva Santos. No inquérito que investigou a morte de Leal, em 2012, a polícia flagrou em escutas telefônicas os então dirigentes do Flamengo fornecendo dinheiro e apoio jurídico aos envolvidos no assassinato.
*Nota do Blog: a Jovem Fla não pode frequentar estádios, mas é permitido à facção a manifestação em protestos, como o ocorrido no Ninho do Urubu, no início do mês. Nota alterada para correção desta informação.