TORCEDORES:
Por Luiz Ferreira
O jogo
de ida das semifinais da Copa do Brasil trouxe uma equipe que tem uma
dificuldade imensa para balançar as redes adversárias e outra que se fechou na
defesa e praticamente não atacou. Flamengo e Corinthians fizeram uma partida
bem fraca tecnicamente (muito por conta do gramado tenebroso do Maracanã) e das
propostas táticas de Maurício Barbieri e Jair Ventura. Enquanto o primeiro
insistia numa estratégia de fazer a bola rodar e não abrir o campo, o segundo
plantou sua equipe na frente da área e se limitou a rebater os cruzamentos de
Diego e Éverton Ribeiro buscando Uribe, Henrique Dourado e Lincoln. Faltou
intensidade, criatividade e um mínimo de objetividade ao Flamengo. Assim como o
Corinthians poderia ter sido um pouco mais ousado diante do nervosismo do seu
adversário.
Flamengo e Corinthians entraram em campo
com o que tinham de melhor. Maurício Barbieri tinha Lucas Paquetá e Cuellar à
disposição e repetiu o seu 4-1-4-1 costumeiro com Vitinho e Éverton Ribeiro
pelos lados procurando Uribe no ataque. Só que os ponteiros com pés invertidos
faziam com que o escrete rubro-negro buscasse o meio a todo momento. Sem
jogadas de ultrapassagem dos laterais, o Fla apelava para os cruzamentos para a
área da intermediária sem nenhum sucesso. Os comandados de Jair Ventura se
fecharam na defesa com Ralf, Gabriel e Douglas à frente da defesa e poderiam
até ter balançado as redes se Clayton não tivesse desperdiçado chance clara na
frente de Diego Alves. Do outro lado, Cássio trabalhava nos poucos momentos de
bom toque de bola que o Flamengo teve no primeiro tempo.
É bom
que se diga que a estratégia de Jair Ventura era clara. O Corinthians entrou em
campo fechado (jogando com Jadson como “falso nove”) e buscando os
contra-ataques através de Clayson e Romero. O problema era a dificuldade que o
trio de volantes tinha para fazer a bola chegar no ataque. E olha que o Timão
encontrou espaços generosos no meio-campo, mas faltou um pouco mais de ousadia
para se lançar ao ataque. Principalmente no segundo tempo. Jair Ventura
preferiu manter a sua estratégia ao invés de apostar em jogadores mais leves
como Pedrinho e mais incisivos no ataque como Jonathas. Do lado do Flamengo, o
time seguia apelando para cruzamentos a esmo. Foram 32 bolas levantadas na área
e apenas cinco cabeçadas. Muito pouco para um setor que tem Lucas Paquetá,
Éverton Ribeiro, Diego e outros nomes badalados.
Maurício
Barbieri poderia ter dado mais velocidade ao seu time com a entrada de Berrío
no lugar de Uribe e deixado Vitinho em campo, mas preferiu apostar em Henrique
Dourado e Lincoln quando o problema da sua equipe tinha origens no meio-campo.
A bola simplesmente não chegava no ataque. Willian Arão até que deu mais
dinâmica ao time do que um extenuado (e ainda assim burocrático) Lucas Paquetá,
mas ainda era pouco. E isso ficou claro no final da partida, quando o Fla
abusava dos chuveirinhos para a área sem muito critério e ia consagrando
Henrique, Ralf e Léo Santos do outro lado. Fica a impressão de que o “complexo
de arame liso” se fez presente em mais uma partida decisiva do Flamengo nessa
temporada. O time não tem intensidade, objetividade e agora também vê a falta
de criatividade ser escancarada depois de mais uma atuação fraca.
É nítida a ausência de um jogador que abra o campo, que busque mais a linha de fundo no Flamengo. O colombiano Berrío pode ser uma opção pelo lado direito, trazendo Éverton Ribeiro para o outro lado e deixando Vitinho no comando de ataque para aproveitar seu ótimo chute. Mas a grande missão de Maurício Barbieri está no “complexo de arame liso”. O Fla tem a bola, roda, gira, volta, recomeça e não sai do lugar. Um time inofensivo. É isso que o treinador rubro-negro tem em mãos. Fosse o Corinthians só um pouco maus ousado e as coisas poderiam ser bem diferentes no Maracanã. E fica aqui também a crítica a Jair Ventura pela postura excessivamente defensiva da sua equipe. O medo de perder tira a vontade de ganhar. E oportunidades como a do jogo desta quarta-feira (12) não caem do céu. Faltou o Timão ser mais Timão mesmo.
É nítida a ausência de um jogador que abra o campo, que busque mais a linha de fundo no Flamengo. O colombiano Berrío pode ser uma opção pelo lado direito, trazendo Éverton Ribeiro para o outro lado e deixando Vitinho no comando de ataque para aproveitar seu ótimo chute. Mas a grande missão de Maurício Barbieri está no “complexo de arame liso”. O Fla tem a bola, roda, gira, volta, recomeça e não sai do lugar. Um time inofensivo. É isso que o treinador rubro-negro tem em mãos. Fosse o Corinthians só um pouco maus ousado e as coisas poderiam ser bem diferentes no Maracanã. E fica aqui também a crítica a Jair Ventura pela postura excessivamente defensiva da sua equipe. O medo de perder tira a vontade de ganhar. E oportunidades como a do jogo desta quarta-feira (12) não caem do céu. Faltou o Timão ser mais Timão mesmo.
A
grande verdade, amigos, é que as posturas de Flamengo e Corinthians acabaram
fazendo com que o placar terminasse zerado. O que preocupa realmente é a situação
dos comandados de Maurício Barbieri. Sua equipe segue sem ideias, sem ataque e
sem um pingo de criatividade. Assim fica bem complicado pensar em títulos nessa
temporada.
Postar um comentário