DESTAK: A Caixa Econômica Federal (CEF) contrariou nesta sexta-feira (14) a declaração, feita na véspera, pelo presidente eleito Jair Bolsonaro sobre o gasto do banco público com patrocínios e publicidade.
Pelo Twitter, Bolsonaro indicou que revisará contratos de publicidade da Caixa, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil e da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom).
“Tomamos conhecimento de que a Caixa gastou cerca de R$ 2,5 bilhões em publicidade e patrocínio neste último ano. Um absurdo! Assim como já estamos fazendo em diversos setores, iremos rever todos esses contratos, bem como os do BNDES, Banco do Brasil, Secom e outros”, declarou Bolsonaro.
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Foto: Divulgação |
Em nota, nesta sexta, a Caixa esclarece que “o orçamento com recursos do banco projetado para ações de publicidade, patrocínio e comunicação em 2018 foi de R$ 685 milhões (conforme tabela abaixo), sendo realizado até novembro de 2018 R$ 500,8 milhões”.
“A Caixa reforça que as ações de comunicação do banco são voltadas para alavancagem de negócios, produtos e serviços e vem sendo reduzidas desde 2016”, informa a nota.
Em 2016, orçamento da Caixa para essas ações ficou em R$ 788,9 milhões e em 2017 em R$ 679,4 milhões. “A Caixa ressalta ainda que segue os ritos legais previstos na legislação e acompanhamento de órgãos de controle externo”, diz o texto.
Entre os principais beneficiários dos patrocínios da Caixa estão clubes de futebol. No total, 24 clubes têm acordo com a Caixa. Dos 20 clubes da elite, 12 recebem verba do governo federal: Atético-MG, Athletico-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, CSA, Flamengo, Fortaleza, Goiás e Santos são os clubes da primeira divisão parceiros do banco.