ESPN: Por Mauro Cezar Pereira
O meia Edwin Cardona, camisa 10 do Boca Juniors, foi oferecido ao Flamengo. O Monterrey, que detém os direitos sobre o colombiano, estipulou, em documento oficial, o valor de US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 22,3 milhões) . Documento dos mexicanos datado de 17 de dezembro estipula, por um prazo de cinco dias, tal valor pelo atleta emprestado ao campeão argentino.
Ele esteve em 20 dos 27 jogos (titular em 19) que o time disputou no campeonato argentino encerrado no primeiro semestre, quando se tornou campeão. Na atual Superliga, participou de 11 jogos dos 13 que a equipe fez até aqui. Fez oito aparições na campanha que levou o Boca à decisão da Libertadores, mas perdeu espaço entre os titulares na reta final.
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Edwin Cardona, do Boca Jrs – Foto: Marcelo Endelli/Getty Images |
“Perdeu espaço porque o antigo treinador, Guillermo Barros Schelotto, utilizou um esquema ao qual não se adaptou, o 4-3-3. Cardona é um armador. Alguns também dizem que falta bom comportamento fora dos campos. Outro problema foi o seu físico, o ritmo da equipe de Schelotto obrigou-o a usar jogadores rápidos e Cardona não é assim. É um grande jogador, mas trabalha melhor na posição ’10’ clássico. A má notícia para ele é que o futebol de hoje exige pressionar constantemente o adversário e correr o jogo todo”, analisa o repórter argentino Cristian Del Carril. “O treinador queria que ele trabalhasse como ponta, pelo lado do campo. Mas Cardona não estava ali para isso”, acrescenta o jornalista Pablo Lejder.
Descartado o colombiano, o Flamengo procura jogadores que possam chegar ao elenco para ocupar suas posições, caso da lateral-direita. A ideia é contratar quem chegue para ser titular. Em meio à transição de Eduardo Bandeira de Mello para Rodolfo Landim na presidência, alguns negócios são levados adiante ou ficam pelo caminho. Bruno Spindel, que herdou de Fred Luz o cargo de CEO é personagem dessa transição. Ele deve seguir no clube, mas em nova função.
Nesse contexto, o atacante Bruno Henrique foi tentado, ainda na administração que está no fim, mas o último movimento foi de recuo do Santos, que não está mais disposto a negociar o atleta. Diego Ribas, caso demonstre interesse em ficar, receberá proposta que o colocará um patamar abaixo do que ocupou ao chegar em 2016. O entendimento é de que o camisa 10, três anos mais velho, não entregou o que dele se esperava em campo. Seu contrato termina na metade do próximo ano.
Quanto a Diego Alves, a disposição do jogador em permanecer, ou não, será vital para seu futuro. Tudo indica que o goleiro precisará recuar depois da confusão com Dorival Júnior , ex-técnico da equipe, que atingiu até o diretor Carlos Noval. Réver, por sua vez, exerceu cláusula firmada com os rubro-negros e o Internacional, quando de sua contratação. Ele tinha o direito de, no último ano de contrato, deixar o clube se recebesse proposta mais longa e não a cobrissem. O Atlético Mineiro acenou com um compromisso por três temporadas e os rubro-negros preferiram não igualar.