JUCA KFOURI: Rodrigo Caio surgiu no São Paulo como promessa cintilante na quarta-zaga tricolor.
Ganhou a medalha de ouro olímpica em 2016 e parecia ter carreira sem empecilhos pela frente no Morumbi.
Um gesto de fair-play contra o Corinthians foi seu pecado.
Por incrível que pareça passou a ser hostilizado pela torcida são-paulina e gerou descontentamentos até entre seus companheiros.
“Jogador de condomínio, criado pela avó”, foi o mínimo que se disse dele.
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Rodrigo Caio na Seleção Brasileira – Foto: lexandre Schneider/Getty Images |
Aos poucos, foi perdendo espaço no Tricolor, se machucou e nunca mais encontrou paz para desenvolver seu futebol.
Nas poucas chances que teve ao voltar a ser escalado, falhou aqui e ali e o ambiente para ele acabou.
Como Kaká e Casemiro, virou figura maldita e o melhor que poderia fazer era mesmo procurar novos ares.
A Gávea parece um bom destino.
Aos 25 anos, inteligente e talentoso, pode dar a volta por cima e repetir a trajetória dos ex-são-paulinos que saíram para brilhar.
Tomara que consiga.
O futebol sabe ser cruel e generoso ao mesmo tempo.