BLOG
DO JULIO GOMES: Se Gabriel faz no primeiro tempo, diante de Lomba, o que
conseguiu fazer no segundo, com gol vazio, nem teríamos emoção na noite de
quarta, no Beira-Rio. Teríamos uma eliminatória decidida.
Mas
Gabigol falhou duas vezes de forma clamorosa. E o Flamengo teve a noite ruim
individualmente que o Inter precisava que tivesse.
Nem
assim, deu para o time gaúcho. Por quê?
O
fator primordial é que o próprio Inter errou passes demais e teve pouco
repertório ofensivo. Realmente, falta material humano entre o meio de campo e
Guerrero. O segundo fator é que a linha defensiva do Flamengo foi impecável.
Rodrigo Caio e Pablo Marí erraram quase nada, e Rafinha e Felipe Luís nas
laterais representam um upgrade surreal perto do que o Flamengo tinha.
![]() |
Pablo Marí, do Flamengo - Foto: Alexandre Vidal |
Não é
mais o Flamengo bom aqui e ali, mas péssimo em algum setor. Conseguiu acertar.
Faltava ver a defesa passar por uma prova de fogo, um jogo de pressão, de bolas
na área, um jogo em que era necessário estar 110% concentrado.
O
Inter teve o que queria. Uma noite ruim do ataque flamenguista, conseguiu o gol
e chegou ao quarto final da partida em condições: a um gol de levar a decisão
para os pênaltis. Uma bola maluca, um cruzamento, um erro. O Inter se colocou
em condições. O que é bastante, dada a diferença técnica clara entre os times.
Mas não foi suficiente.
Diga o
que diga Renato, o Flamengo é mais time que o Grêmio. Mas apontar favorito, em
uma semifinal tão equilibrada, seria uma insanidade. O Flamengo, finalmente,
montou o melhor time do Brasil. Daí a ser campeão, são outros 500.
Postar um comentário