O
GLOBO: Não é exagero dizer que Paolo Guerrero se tornou o principal alvo da
torcida do Flamengo nos jogos contra seus principais adversários em 2019.
O
atacante deixou o clube ano passado, após não renovar seu contrato, e assinou
com o Internacional, contra quem o rubro-negro fez quatro partidas nesta
temporada, duas pelo Brasileiro e duas pela Libertadores.
Depois
de um primeiro reencontro com o Flamengo em Porto Alegre, com direito a gol na
vitória por 2 a 1, sobre o então time de Abel Braga, Guerrero jogou mais três
partidas contra o ex-clube. Perdeu duas (3 a 1 e 2 a 0) e empatou uma (1 a 1).
As
duas derrotas no Maracanã foram um roteiro de pesadelo para Guerrero. Nas duas
levou cartão. No jogo pela Libertadores, ganhou amarelo. Desta vez, pelo
Brasileiro, o vermelho.
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Foto: Divulgação |
Na
última quarta-feira, o zagueiro e o atacante se chocaram de cabeça, e Guerrero
saiu com o supercílio cortado e sangrando. Antes, o peruano reclamou de pênalti
de Rodrigo Caio não marcado pelo juiz Luiz Flavio de Oliveira.
Depois
da partida, o técnico do Jorge Jesus afirmou que Paolo Guerrero tirou o time do
Inter da partida devido a sua expulsão por reclamação.
“Os
jogadores têm que ter equilíbrio emocional muito grande. O Guerrero, que é um
grande jogador, não pode fazer o que fez. Facilitou o jogo, tirou a equipe dele
do jogo”, afirmou, em entrevista coletiva.
Após
xingar o quarto árbitro e e levar um cartão vermelho, o camisa 9 do Colorado
fez um gesto obsceno para torcida do rubro-negra enquanto se dirigia para o
túnel dos vestiários. Na súmula os xingamentos foram relatados. "Fuck you,
fuck you", gritou Guerrero, em inglês.
O
Flamengo não deve deixar a vida de Guerrero tão cedo. Mesmo sem mais duelos
pela frente nesta temporada, o clube da Gávea e o jogador têm embates na
Justiça.
O
Flamengo processou o jogador e quer reaver o valor investido em direitos de imagem
que pagou de forma antecipada, no momento em que Guerrero ficou fora de ação em
2018 por conta da condenação por doping, desde o fim de 2017.
O
processo corre na 9ª Vara Cível e tem como objetivo condenar Guerrero e sua
empresa Paolo Guerrero - Eirelli ao pagamento de R$ 1,8 milhão pelos 121 dias
em que o clube não pôde "usufruir" da imagem do atleta.
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