ESPN: Vice-presidente de Relações Externas do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, relembrou a passagem de Abel Braga no comando do time rubro-negro em 2019. Segundo ele, ao canal “Ser Flamengo”, declarações do técnico geraram incômodo nos bastidores.
“Chega uma fase da vida que as pessoas têm mais dificuldades de aceitarem críticas ou aprenderem. Matematicamente, nos últimos dez anos, só o Jorge Jesus apresentou uma performance melhor do que o Abel, mas as declarações dele criaram para ele uma situação de loucura”, disse.
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Foto: Divulgação |
“Você contrata um cara como o Abel, você acha que ele deixa que interfiram na escalação dele? Qual técnico que aceita isso? Mas ele vai para a imprensa e diz que quer ouvir da diretoria o que acha sobre poupar jogador três dias antes do clássico”, seguiu.
“O Flamengo, vamos combinar, não performando, com atletas que o tempo provou que estavam (as contratações) corretas, não soube colocar os jogadores certos para jogar. Não conseguiu dar um padrão técnico e tático para o Flamengo. Foi se desgastando. Assim entendíamos que o ciclo do Abel iria acabar rápido, e 70% por causa dele. Houve um momento, que a gente achava e discutia internamente, que ele devia estar de sacanagem”, completou.
“A gente olhava ele dando entrevista e falava: ‘Cara, tem alguma coisa que não estamos entendendo. Ou ele bebeu, ou ele está drogado. Não é possível ele estar falando o que ele está falando’. Falar que o Beira-Rio é mais bonito do que o Maracanã, que perder é normal, para o Atlético-MG, para o Inter era normal, com o time jogando mal. A impressão que alguns de nós tivemos é que ele estava forçando uma saída”, encerrou.
Bap disse que o “tesão” de Abel fez a diferença para sua escolha. “Nós falamos pra ele, muito claramente, que queríamos ganhar tudo, e ele, na época, afirmou que isso era muito difícil. A gente sabe que é difícil, mas esse é o nosso objetivo”, afirmou.
No Flamengo, Abel foi campeão do Campeonato Carioca e deixou o time em maio, depois de classificar a equipe às oitavas de final da Copa Libertadores – vencida pelo clube, com Jesus. No total, foram 28 partidas, com 18 vitórias, 6 empates e 4 derrotas, 64% de aproveitamento.