UOL: Avessos ao retorno do futebol, enquanto o Flamengo já havia antecipado seus treinos, Botafogo e Fluminense mudaram de posição em relação aos treinamentos, assim como os clubes de São Paulo, que já retomaram algumas atividades seguindo protocolos de segurança — no entanto, ainda não há previsão de retorno do Paulistão.
O jornalista Mauro Cezar Pereira afirma que deve se permitir que os clubes treinem no caso de eles conseguirem criar uma situação segura para os jogadores e funcionários que evite a propagação do novo coronavírus no ambiente do futebol.
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Foto: Reprodução |
“Acho importante pontuar o seguinte, no começo, que nem aqui em São Paulo, ‘não vamos jogar porque é a saúde em primeiro lugar’. Depois, a coisa muda. ‘Aqui eles querem treinar’. Eu venho cantando essa pedra há um tempão, na hora em que bater três meses e a corda apertar o pescoço, todo mundo vai querer treinar, porque não vai aguentar mais, não tem como”, afirma Mauro Cezar.
Para o jornalista, a possibilidade segura de treinos seria benéfica aos jogadores em relação a lesões devido ao longo período de inatividade, superior até ao que os jogadores ficam sem treinar em campo durante as férias.
“Temos visto, por exemplo, no Campeonato Inglês a quantidade de lesões, de todo tipo, muscular torção, porque os caras estão parados, sem jogar futebol há mais de três meses e desse período, pelo menos dois meses e meio correndo no jardim, jogando bola com o filho, pedalando na bicicleta ergométrica. Isso aí não é para jogador de futebol profissional”, diz Mauro Cezar.
“É difícil retomar o ritmo de jogo e a condição física. Então, acho até compreensível que se você tem condições de montar ali uma bolha segura e colocar os caras treinando, que eles treinem, isso me parece até possível. O Flamengo tem feito vários testes e tem dado ali zero infectado. Então, me parece que agora eles acertaram mais ali a mão, é o que parece pelo menos”, completa o jornalista.