UOL: O Flamengo se recuperou da derrota sofrida para o Athletico-PR e bateu ontem (28) o Grêmio, em Porto Alegre, por 4 a 2, com atuação durante o segundo tempo elogiada e comparada aos momentos em que o time rubro-negro era comandado por Jorge Jesus em 2019, com movimentação constante de seus jogadores do setor ofensivo e a criação de oportunidades, com destaque para Gabigol.
No podcast Posse de Bola #95, Mauro Cezar Pereira refuta sugestões de entrega do Grêmio, diz que o time de Renato Portaluppi tentou jogar e esbarrou no bom jogo dos comandados de Rogério Ceni, que com a atuação que tiveram na segunda etapa do jogo poderiam vencer qualquer adversário da primeira divisão nacional.
“O Flamengo triturou o Grêmio ontem no segundo tempo, é mais time, jogou melhor e a gente tem que assumir e aceitar isso. Quem não quer aceitar, tem que aceitar isso, gente. Foi melhor. O Flamengo está jogando porcaria nenhuma, é verdade, mas ontem jogou muito bem. Eu concordo com o Juca, para mim, o Flamengo foi melhor o jogo inteiro. No primeiro tempo um pouco lento e errando nas finalizações, que é um crônico problema, mas foi melhor no primeiro tempo”, afirma Mauro Cezar.
“Eles tentaram, só que não jogam mais do que o Flamengo, o Flamengo de ontem foi muito melhor, é um time melhor, ontem reativou o modo 2019 e venceu, como venceria possivelmente qualquer outro adversário do futebol brasileiro jogando daquela maneira. Qualquer outro time da Série A contra o Flamengo do segundo tempo, provavelmente perderia o jogo”, completa.
O jornalista afirma que não há nenhum constrangimento em comparar a atuação em Porto Alegre com os momentos do Flamengo de Jorge Jesus, pois o time tem basicamente os mesmos jogadores e apresentou características semelhantes de jogo, apesar de ter saído atrás em uma falha defensiva que tem sido uma constante, independentemente da dupla de zagueiros escalada.
“O gol não é culpa do Arão na zaga, o Flamengo toma gol assim com o Arão, com Léo Pereira, Gustavo Henrique, com Thuler, com Natan, com Noga, com qualquer um. O problema do Flamengo no miolo de zaga, de sofrer gols assim, ele é crônico. O São Paulo fez os gols e era o Arão na zaga? Não era, e foi parecido. Esse é um problema do Flamengo que vem lá de trás, não é nem um problema da era desse treinador”, diz Mauro Cezar.
“Foi uma grande atuação, não tem que ter nenhum constrangimento em comparar com 2019, porque o time é muito parecido, são pouquíssimas mudanças, são os mesmos jogadores, os que se destacaram e viraram o jogo, então é normal que eles em algum momento consigam reativar o modo 2019. Quando o Rogério chegou no Flamengo, ele tentou fazer isso, falou isso e tentou, o Bruno Henrique passou a jogar mais perto do gol, mais dentro da área, não funcionou, e ele começou a buscar alternativas e aí começou a bater cabeça com jogos ruins, alguns um pouco melhores”, conclui.