
BAHIA NOTÍCIAS: Por Ulisses Gama
O meia Índio Ramirez está fora da reta final do Campeonato Brasileiro. Após sair machucado contra o Fluminense na última quarta-feira (3), na Arena Fonte Nova, o jogador foi examinado e o resultado apontou o rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho. A informação foi divulgada pelo jornalista colombiano Jorge Piscis e confirmada pelo Bahia Notícias.
A possibilidade de uma lesão no joelho já havia sido levantada pelo médico do clube, Rodrigo Daniel, logo após a partida.
“Ramírez sofreu entorse no joelho esquerdo no meio do segundo tempo. Saiu com bastante dor. Vamos fazer ressonância para chegar a um diagnóstico. Existe suspeita de lesão ligamentar”, disse.
O Bahia confirmou a lesão do jogador e informou que ele será submetido a uma artroscopia. A previsão é de que ele se recupere em seis meses. Vale lembrar que o colombiano tem contrato até dezembro.
Desde novembro de 2020 no Bahia, Ramírez se tornou titular e uma das principais referências técnicas do time. Com onze partidas disputadas, o jogador marcou três gols e caiu nas graças da torcida tricolor.
CASO DE POLÍCIA
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou, na última quinta-feira, o colombiano por injúria racial ao volante Gerson. Em partida entre Flamengo e Bahia, no dia 20 de dezembro, no Maracanã, o rubro-negro alegou ter ouvido “cala a boca, negro” de Ramirez; o técnico do Bahia, Mano Menezes, ainda discutiu com Gerson e disse que o jogador estava “de malandragem”.
A polícia informou que as testemunhas do caso já foram ouvidas e que a análise das imagens do jogo mostram imediatamente a indignação do rubro-negro.
Segundo a nota divulgada, os companheiros do jogador disseram que ele ficou extremamente abalado com o episódio e, diferentemente do comum, apresentou um comportamento isolado no vestiário.
— Quero falar uma coisa: tenho muitos jogos como profissional e nunca vim falar nada porque nunca sofri esse preconceito. Quando tomamos um gol, o Bruno Henrique ia chutar uma bola, o Ramirez reclamou e fui falar com ele, que disse: “Cala a boca, negro” — declarou Gerson na época.
O colombiano negou a injúria, alegando que teria dito “joga rápido, irmão”; em um primeiro momento, o Bahia prestou solidariedade a Gerson e afastou Ramirez, mas, poucos dias depois, o reintegrou.