
ESPN: Dono da braçadeira de capitão do Chelsea durante muitos anos, o ex-zagueiro John Terry encheu de elogios o seu ex-companheiro de zaga no clube David Luiz, que atualmente é jogador do Flamengo. Em entrevista exclusiva ao repórter da ESPN Brasil João Castelo-Branco, o ex-jogador citou a personalidade do brasileiro como sua característica mais marcante, algo que notou durante o convívio nos Blues.
Terry e David Luiz conviveram juntos no Chelsea durante um longo período e conquistaram títulos importantes, o principal deles a Champions League da temporada 2011/12. Sobre a experiência ao lado do brasileiro, o inglês elogiou bastante a qualidade do ex-companheiro e reforçou a ideia de que, além de zagueiro, também sempre o imaginou jogando como um camisa 6 no meio-campo, posição em que chegou a atuar em algumas oportunidades, sobretudo na Inglaterra.
“Grande jogador. Tanto de zagueiro como de meio-campista. Sempre senti que ele poderia jogar como o número 6, numa função que era do Makélélé e fazer um ótimo trabalho lá”, começou por dizer.
O ex-zagueiro também lembrou das críticas que o brasileiro recebeu por parte da torcida durante o seu período no Stamford Bridge e saiu em defesa do ex-companheiro.
“Acho que ele recebeu muitas críticas na Inglaterra. Quando você comete um erro e fica marcado por isso…E o David cometeu alguns, assim como todos nós em nossas carreiras. Mas ele é de uma personalidade tão grande, e joga com tanta personalidade”, disse.
Por último, Terry rasgou elogios à personalidade de David Luiz, lembrando que o atual defensor rubro-negro nunca fugiu da responsabilidade, até mesmo durante os treinos, e que sua confiança sempre foi alta.
“Você vê ele jogando, pode ser numa final de Copa do Mundo, mas ele quer a bola em qualquer lugar do campo. E mesmo nos treinos, o David ficava: ‘Me dá a bola’. ‘Cara, você tem dois jogadores em cima, está no limite da área…E ele respondia: ‘Me dá a bola, está tudo certo’. E é isso que vocês (brasileiros) têm, falei disso antes. A sua confiança para receber a bola em qualquer oportunidade. Se você está preparado para fazer isso… Muitos defensores falariam: ‘Não quero a bola nesta área, não fico confortável’. Às vezes, eu era um desses. Vamos para o jogo longo. Isso elimina a minha chance de cometer um erro”, disse.
“O que o David fazia era querer a bola sempre. Queria jogar futebol do jeito certo. Falamos sobre times e treinadores que jogam do jeito certo, e isso tem que vir do seu jogador demonstrando personalidade. E o David talvez tenha a maior personalidade de qualquer jogador que já vi em campo durante minha carreira”, finalizou.