Em entrevista ao jornal esportivo Przeglad Sportowy, da Polônia, o diretor técnico da Seleção Polonesa de futebol, Piotr Szefer, comentou sobre o futuro de Paulo Sousa, que pediu rescisão da Seleção local para assumir o comando técnico do Flamengo, se mostrando surpreso com a situação criada e criticando fortemente a postura do treinador português.
– O Paulo Sousa ligou para o presidente Kulesza no domingo, por volta das 15h, e pediu que o seu contrato fosse rescindido em comum acordo. Porém, antes de fazer seu pedido, ele apresentou suas justificativas. E há dois argumentos dele que consideramos fora da realidade. Primeiro, ele disse que “recebeu uma oferta de um dos melhores clubes do mundo, que poderia não se repetir nunca mais, e que desejava aceitá-la”. Para mim, esta análise é muito desrespeitosa para a seleção polonesa, porque se alguém chama um clube brasileiro – não importa qual – de “melhor do mundo” e tratando isso como uma oportunidade, para mim, como torcedor da seleção polonesa, é um desrespeito. O segundo argumento dele é que “acredita que é um bom momento para ambas as partes se separarem, pois uma certa etapa do trabalho já terminou”, ou seja, as eliminatórias, e agora ainda faltam três meses para a partida contra a Rússia. Então, ele acha que há muito tempo para se preparar para a repescagem. Nós discordamos totalmente destes argumentos, pois o novo treinador teria apenas alguns dias para preparar a equipe para os jogos mais importantes. Antes do jogo contra a Rússia, serão apenas quatro dias de treinamentos. Não é um momento ruim para a nossa seleção, mas mudanças são péssimas. Portanto, o presidente recusou, revelou.
Piotr Szefer, que participou da reunião online posteriormente, ainda analisou a postura do técnico que, para ele, é de total irresponsabilidade.
– O comportamento do português é extremamente irresponsável. Além disso, o Cezary Kulesza acrescentou que quando ele assumiu o cargo de Presidente da Federação Polaca de Futebol, ele foi persuadido por muitas pessoas a demitir o treinador, mas que defendeu Paulo Sousa, declarando confiar no seu trabalho e o apoiando. Então, ele esperava que o portuguese fizesse o mesmo e não que o desse um golpe nas costas. Eu achava que ele era um profissional, mas o que ouvi durante a conversa dele com o presidente Kulesza minou fortemente minha opinião, porque é um comportamento extremamente irresponsável, disparou.
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Szefer, porém, reiterou que o Paulo Sousa estava convicto na sua decisão e não demonstrou chances de voltar atrás.
– Ele disse entender os argumentos, mas rebateu, reiterando o fato de que havia uma oportunidade e que ele não gostaria de perder, disse.
Por fim, o diretor técnico comentou sobre o contrato do portuguÊs com a Seleção da Polônia que, segundo ele, não havia garantia para nenhuma das partes, mas cogitando levar o caso para a FIFA.
– A Federação Polonesa de Futebol já acionou seus advogados para verificar todas as possibilidades jurídicas existentes no contrato. Faremos todos os esforços para garantir que não sejamos prejudicados. Não há essa opção de rescisão de contrato. Mas, infelizmente, também não incluiu fortes argumentos que protegessem a Federação contra uma situação em que Sousa pedisse rescisão. Portanto, temos que nos basear no regulamento da FIFA, que fala sobre “danos e responsabilidade disciplinares” caso o contrato venha a ser rescindido dessa forma, finalizou.
Já vamos começar 2022 com um acréscimo enorme na torcida anti-flamenguista.
Além dos benfiquistas que descobriram desgraçadamente o poder de uma torcida contrária de mais de 40 milhões em partida eliminatória de Portugal, se somarão também 39 milhões da nação polonesa. Tranquilo! Aqui já tem mais de 100 milhões antis mesmo, uns milhõezinhos a mais ou a menos não terão tanto impacto assim, né?