
UOL: Leo Burlá
O Flamengo teve mais um dia de treinos sob o comando de Paulo Sousa, mas as atenções no clube ficaram divididas entre o Rio de Janeiro, Londres (ING) e Abu Dhabi (EAU).
A equipe encara hoje (13) o Nova Iguaçu, às 19h, no Raulino de Oliveira, pelo Carioca, mas o jogo entre Palmeiras e Chelsea não saiu do radar de jogadores e dirigentes, que não negam um certo alívio com o título inglês. Em caso de triunfo verde, o Fla sabe que a pressão por bons resultados em 2022 ficaria ainda maior.
No meio disso, um personagem central nesta história: Andreas Pereira. Ante uma negociação que deve culminar com a compra de 75% de seus direitos, o jogador sabe que ainda carrega nas costas boa parte do peso pela perda da Libertadores para o Alviverde, resultado que impediu o Rubro-negro de tentar o bi do Mundial. Durante a partida nos Emirados Árabes, o nome do atleta esteve em alta nas redes e foi alvo de debate.
Na Inglaterra, o vice-presidente de futebol Marcos Braz, e o diretor-executivo de futebol Bruno Spindel, têm a negociação com o Manchester United alinhavada, porém têm a compreensão de que o negócio inclui riscos que vão além do desempenho esportivo dentro das quatro linhas.
Além dos cerca de 10 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões) que serão empenhados, a dupla sabe que a permanência de Andreas encontra resistência dentro e fora do clube.
Os dirigentes enumeram razões para efetuar a transação, contudo, o risco pela negociação também é calculado por ambos, já que o meia terá de escalar uma montanha para cair nas graças do torcedor e mudar sua imagem na Gávea.
Pessoas importantes da cúpula rubro-negra questionam os valores envolvidos, mas evitam jogar lenha na fogueira. Fato é que as tratativas têm o aval do presidente Rodolfo Landim, que deu o sinal verde para a negociação. A expectativa é que a permanência seja selada até os próximos dias, visto que Braz e Spindel voltam ao Brasil a tempo do embarque da delegação para a Supercopa.