
DIÁRIO DO FLA: Livre no mercado após ser demitido no Benfica no final do ano passado, Jorge Jesus quebrou o silêncio e falou sobre seu futuro. Nesta terça-feira (22), em evento na Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), o ex-treinador do Flamengo comentou sobre seus próximos passos como técnico, afirmando que irá estar no comando de um time nos próximos meses.
“Liga portuguesa? De momento, não. Com certeza vou voltar a Portugal, mas a próxima tarefa será fora. Brasil? Não sei. As minhas propostas de trabalho, desde que saí do Benfica, foram pensadas e rejeitadas. Só quero começar a pensar nisso a partir de maio, junho. Hoje, felizmente, posso escolher”
JJ também falou sobre a possibilidade de trabalhar à frente de uma seleção. Além disso, o ex-Mister do Mais Querido avaliou a situação de Portugal, que irá entrar em campo nesta quinta pela repescagem das Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo 2022.
“Neste momento vou continuar a trabalhar em clubes. No futuro, talvez isso possa acontecer (treinar uma seleção), mas poucas seleções têm a possibilidade de eu querer trabalhar nelas”, disse JJ, que emendou:
“Vamos ter um setor um pouco fragilizado, sem os dois supostos melhores zagueiros de momento de Portugal (Rúben Dias e Pepe), mas o Fernando Santos (técnico da seleção) tem muito conhecimento dos seus jogadores, muita capacidade e com certeza que vai ter os seus jogadores à altura.”
Por fim, Jorge Jesus comentou sobre da alta procura recente por comandantes portugueses, não apenas no Brasil mas em todo o planeta. O treinador de 67 anos revelou que sente orgulho em ver treinadores de seu país brilharem, assim como ele, no futebol brasileiro. No momento, o Brasil conta com quatro treinadores lusitanos: Paulo Sousa (Flamengo), Abel Ferreira (Palmeiras), Vitor Pereira (Corinthians) e Luís Castro, que está prestes a assumir o comando do Botafogo.
“Os nossos treinadores são muito procurados fora de Portugal e talvez é difícil fazerem tantos jogos como eu fiz. O reconhecimento da qualidade do treinador português não aconteceu só no Brasil, mas um pouco por todo o mundo. É verdade que no Brasil fui o primeiro português a ter destaque. Agora temos três ou quatro e isso me deixa orgulhoso, porque acho que é um mercado bom para o treinador português”, finalizou.