
ESPN: O clássico da próxima quinta-feira (17) entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque, terá frente dois técnicos portugueses no Dérbi. Atual bicampeão da Conmebol Libertadores, Abel Ferreira será o anfitrião do compatriota Vítor Pereira. A consolidação do futebol brasileiro para treinadores estrangeiros tem levantado debate no país.
Campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, Ricardo Rocha vê um ‘modismo’ quando se trata das contratações de comandantes de fora do Brasil, principalmente portugueses.
Em entrevista ao SBT, o ex-zagueiro afirmou que o momento pode servir como reflexão para os profissionais nacionais.
“É um modismo. O treinador brasileiro também foi modismo no mundo árabe, faz parte. Vi uma entrevista do Leão, ele disse: ‘A gente precisa abrir o olho’. E precisa sim. Ter a humildade de dizer ‘A gente precisa, o que errou, o que pode melhorar’. Treinadores brasileiros são bons, sim. Hoje, a gente não tem a paciência com o treinador brasileiro como se tem com o estrangeiro, com o português ou outro que venha”, disse.
“É um caminho bom para um treinador brasileiro por quê? Os treinadores portugueses vieram, todos venceram? Não. E os que venceram, venceram também com equipes fortíssimas e com uma condição financeira boa, que é o Flamengo e o Palmeiras”.
Mesmo considerando que nem todos os portugueses tiveram destaque no futebol brasileiro, o ex-zagueiro afirmou que a passagem de Jorge Jesus, antigo treinador do Flamengo, marcou época no Brasil.
“Para mim, Jorge Jesus é o melhor treinador estrangeiro que vi no Brasil. O que aprendi, desses treinadores que vieram, o Jorge Jesus foi o único que vi uma maneira diferente de jogar, aquela pressão no campo adversário, gols, uma defesa totalmente organizada no campo do adversário. Era difícil jogar contra o time do Jorge Jesus. Agora, não quero desmerecer o treinador do Palmeiras, ele tem o seu mérito na maneira do Palmeiras jogar”.
Se o atual cenário se mantiver, a próxima edição do Brasileirão contará com nove treinadores estrangeiros: Fabian Bustos (Santos), Luís Castro (Botafogo), Antonio Mohamed (Atlético-MG), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza), Abel Ferreira (Palmeiras), Paulo Sousa (Flamengo), Vítor Pereira (Corinthians), Alexander Medina (Internacional) e Gustavo Morínigo (Coritiba).
Srn! Não questão de falta de paciência e SIM falta de respaldo pelas diretorias aos treinadores brasileiros.