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terça-feira, 26 setembro, 2023

Cabeceava como se chutasse com o crânio.

Flamengo, XV de Piracicaba, Grêmio, Verdy Kawasaki, Santo André, Palmeiras, novamente Flamengo, Lecce, Boca Juniors.
18 de março de 2016

MAURO CEZAR PEREIRA: Flamengo, XV de Piracicaba, Grêmio, Verdy Kawasaki, Santo André, Palmeiras, novamente Flamengo, Lecce, Boca Juniors, Atlético Mineiro, Ponte Preta, Fluminense e Anápolis. Foram 12 clubes e centenas de gols, 98 com a camisa rubro-negra, com a qual começou. Dispensado, voltou desacreditado para ser ídolo, artilheiro, campeão.

Contra o clube que o revelou, em 1988 virou goleiro do Palmeiras quando Zetti se machucou e defendeu dois pênaltis batidos por Zinho e Aldair, que seriam campeões mundiais com a seleção seis anos depois. Naquele Brasileirão, quando o jogo acabava empatado os times decidiam a parada nos penais. Ele prometeu: “Vou pegar”. Cumpriu.

No ano seguinte Bebeto trocou a Gávea por São Januário na mais polêmica transferência de um jogador entre Flamengo e Vasco em toda a história. Na busca desesperada por um novo artilheiro, os rubro-negros o repatriaram. Voltou cercado de desconfiança, afinal, na base nunca se destacou. Mas já era outro jogador.

Limitado tecnicamente, se aprimorou absurdamente nas finalizações, principalmente de cabeça. Quando a bola voava em sua direção, desferia petardos violentos e indefensáveis. Cabeceava como se chutasse com o crânio. Virou ídolo e brilhou inclusive contra o Vasco, de Bebeto. Ganhou o Brasileiro de 1992, Copa do Brasil em 1990, Campeonato Carioca 1991, Taça Guanabara e Taça Rio.

Fez gols em finais contra Fluminense, no Estadual, e Botafogo, no Brasileiro. Em 1991 marcou um tento de cabeça no grande arqueiro Navarro Montoya na Libertadores que fez o Boca Juniors o contratar. Não foi bem na Argentina, mas no Flamengo deixou bela história, conquistou o povo com muita entrega e arremates certeiros. Teve a sorte de contar com Júnior e suas faltas para alimentar muitas cabeçadas.

Era parceiro de Renato Gaúcho nas noitadas e em campo, na volta do camisa 7 ao Flamengo em 1993. Comemorava gols de maneira irreverente, como na imitação do personagem “Seu Boneco”, e batia pênaltis (bem) ficando bem perto da pelota. Dava entrevistas divertidas e virou tremendo personagem do futebol carioca.

Luís Carlos Tóffoli, gaúcho de Canoas, completou 52 anos em 7 de março. Dez dias depois, morreu em São Paulo. Acessando vídeos com seus gols no Youtube, revi o goleiro Zé Carlos, do Flamengo, e o também goleador do Fluminense “Super” Ézio, assim batizado pelo narrador Januário de Oliveira. Ambos também se foram.

Tinha a minha idade e perdeu a luta contra o câncer. Você percebe o tempo passando quando morre um jogador que tanto entrevistou. Simplesmente o melhor cabeceador que vi no futebol. Valeu, Gaúcho! Você foi um grande.

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